O Secretariado da ilha do Faial do Partido Socialista manifesta a sua preocupação pela falta de calendarização dos investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), inscritos pelo Executivo Socialista, designadamente a aquisição de um novo navio de investigação, a implementação do Tecnopolo MARTEC, no Faial, e a construção da 2ª fase da Variante.
A obra da Variante, fundamental para o reordenamento rodoviário da cidade da Horta, com o seu traçado já definido e pronto a avançar de imediato, apesar de estar financeiramente assegurada no âmbito do PRR, não foram, teimosamente, inscritas as verbas necessárias para o arranque da obra no Plano de 2021, pelo atual governo de coligação PSD, CDS/PP e PPM. Isto, ao contrário do que fez com outras obras similares, adiando-a sob a alegação de que seria equacionado um novo traçado, embora nunca anteriormente tenham mencionado esta pretensão em alterar o que quer que fosse.
O Secretariado de Ilha recorda que foi apresentada, pelos deputados do PS Faial, em sede de Plano e Orçamento, uma proposta para incluir a 2ª fase da Variante no Plano de Investimentos deste ano, no entanto o PSD e os partidos da coligação chumbaram essa iniciativa.
Acrescentam ainda, que os deputados do CDS/PP e do PSD, eleitos pelo Faial, assumiram uma posição desastrosa na defesa da ilha, relativamente às propostas de alteração do PS ao Plano e Orçamento de 2021, com um inacreditável chumbo em várias iniciativas, onde se incluíram a Variante, a reabilitação dos apartamentos da ex-estação Radionaval da Horta, a frente-mar da cidade da Horta, entre outras. Estranhamente não é feita qualquer referência, no plano anual, à obra de ampliação da pista do aeroporto da Horta, demonstrando, uma vez mais, a incoerência do PSD com as posturas assumidas em anos anteriores, enquanto partido de oposição.
Avizinha-se um novo ciclo de investimentos, com as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência e do novo ciclo de fundos comunitários. Nesse sentido, o Secretariado do PS/Faial considera que este novo ciclo será fundamental para a retoma e para concretização de investimentos estruturantes nas nossas ilhas, tornando-se imperativo que o Governo e os seus parceiros, definam uma estratégia de curto, médio e longo prazo que permita garantir a calendarização e a concretização de investimentos fundamentais para todos os açorianos.
No caso concreto do Plano de Recuperação e Resiliência, há prazos curtos para a execução das medidas e, nesse sentido, considera-se incompreensível que o Governo Regional não tenha acautelado, já neste Orçamento, a inscrição das obras previstas para a rede viária que têm de estar concluídas até ao final de 2025.