“É notória a ausência de estratégia deste Governo Regional para o projeto futuro da Escola do Mar dos Açores”, lamentaram os deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo eleitoral do Faial.
O Secretário Regional do Mar e Pescas, que é igualmente Presidente do Conselho da Administração da Associação para o Desenvolvimento e Formação do Mar dos Açores, entidade gestora da Escola do Mar, foi ouvido esta quarta-feira, na Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa, sobre o afastamento da Administradora Delegada daquela infraestrutura escolar.
Ana Luís e Tiago Branco realçaram que aquele responsável “se recusou a informar qual a oferta de cursos, quais os projetos futuros da Escola do Mar e se esta irá abrir, ou não, no próximo ano letivo, que se inicia já em setembro”.
Para os Deputados do PS, não restam dúvidas de que o Secretário Regional, com a sua demissão, quis “forçar eleições antecipadas para nomear um novo Conselho de Administração, deixando cair a Administradora Delegada e o Comandante dos Bombeiros do Faial”.
Os socialistas lamentaram que este investimento, “tão importante para o Faial e para os Açores” esteja a ser “negligenciado pela tutela”.
“Para o Partido Socialista, a Escola do Mar, para além da oferta formativa ao nível das profissões do Mar, da formação de ativos marítimos, será, igualmente, uma parceira privilegiada de diversas entidades, no domínio das Ciências do Mar e da investigação tecnológica, estando dotada de equipamentos de elevada tecnologia, dos mais modernos a nível europeu”, lembrou Ana Luís.
Tiago Branco recordou que o PS pretendia potenciar mais a Escola do Mar, conforme se pode verificar “pelo manifesto eleitoral apresentado pelo PS às eleições de outubro passado”.
O deputado do PS lembrou que a “aquisição dos apartamentos da antiga Rádio Naval, para alojamento de formadores e formandos chegou a ser formalizada através de proposta de alteração ao Plano para 2021”, mas foi “inexplicavelmente, rejeitada pela coligação que suporta este Governo Regional”.
“Esperamos que toda esta situação, não seja, na verdade, a demonstração da falta de capacidade em avançar em pleno com este projeto estruturante para o Faial e para os Açores”, concluiu Ana Luís à saída da Comissão.