O Presidente do Partido Socialista dos Açores, Vasco Cordeiro, destacou, esta segunda-feira, que nas eleições autárquicas de 26 de setembro, o projeto do PS visa “colocar as autarquias locais ao serviço das suas comunidades”, e não ao serviço momentâneo “de um partido que está no governo e de uma coligação que quer, a todo o custo, buscar a legitimidade do voto que os Açorianos lhe recusaram em outubro passado”.
Para Vasco Cordeiro, que intervinha na apresentação pública das listas do PS aos órgãos autárquicos do município do Nordeste, nesta candidatura o que está em causa é a forma como podemos ajudar “a construir um futuro melhor, de progresso e de bem-estar social para o Nordeste e para todos e cada um dos Nordestenses”, defendendo, por isso, a importância de alertarmos “para o perigo do período de águas turvas que a política regional, lenta, mas inexoravelmente, está a cair”.
Dando como exemplo a facilidade com que muitos, dentro e fora dos partidos da coligação do governo, aderem a um discurso “que censura os que levantam dúvidas, os que duvidam, os que discordam ou os que tecem críticas”, o líder Socialista alertou para as diferenças entre partidos, manifestando que para o PS “todos os que são oposição e posição, independente dos partidos, dão contributos válidos e importantes para o desenvolvimento das nossas comunidades”.
Lembrando que para o Partido Socialista o que interessa é o contributo de todos, Vasco Cordeiro criticou o discurso “profundamente preconceituoso”, que esquece, “não a legitimidade de cada partido poder opinar, mas que esquece a liberdade de cada Açoriano poder discordar e criticar”.
Para o líder Socialista, este é ainda um período de águas turvas quando a verdade muda ao sabor das conveniências, dando, também aqui, um exemplo claro face a esta conjuntura em que vivemos.
“Quando foi criada a Comissão de Acompanhamento para a Pandemia de Covid-19, e de forma a justificar os 15 mil euros que em salários essa Comissão custava, foi-nos dito que agora as decisões eram científicas, insinuando que anteriormente não o eram”, afirmou Vasco Cordeiro, para considerar ser este um insulto a todos os que anteriormente “deram o melhor do seu saber, do seu esforço e do seu trabalho, para fazer face à primeira fase da pandemia quando pouco ou nada se sabia”, mas hoje, conforme refere o Socialista, “quando o próprio responsável pela pandemia bate com a porta e diz na sua carta de demissão que não concorda com muitas das decisões, a luta já não é científica, mas sim política”.
“Este é ainda um período de águas turvas quando se mistura as funções de membros do governo com aquilo que é o processo eleitoral autárquico que estamos a viver”, afirmou Vasco Cordeiro, para criticar as situações em que “membros do governo e serviços oficiais do governo, utilizam viaturas oficiais para ir reunir com listas do partidos da coligação”, situação que para o líder Socialista permanece “sob um silêncio de tantos que por muito menos, nos tempos do governo do PS, criticaram muito mais”.
Considerando ser este um período em que o que está em causa é alertar para os valores “da liberdade, da isenção e do respeito pelo outro”, Vasco Cordeiro apelou a que também os Nordestenses se mobilizem para um trabalho, “não contra nenhum partido, mas a favor do Nordeste e dos Nordestenses dentro daquilo que é o direito, a liberdade, e no nosso caso, o dever de ter propostas concretas que se diferenciem para melhor porque é assim que também damos expressão ao lema desta campanha: Um Novo Começo para o Nordeste”.
Nesse sentido, e dirigindo-se ao candidato Socialista à Câmara Municipal do Nordeste, Vasco Cordeiro referiu ser esta uma candidatura que representa a ideia de juventude, mas também de amor à terra, por considerar ter o partido, na pessoa do Rafael Branco, um “exemplo claro de quem fez a sua formação, trabalha e trabalhou, mas que responde presente ao desafio de construir um futuro melhor para a sua terra”.
“Este é um sinal claro desta candidatura, um sinal de renovação, de juventude, de confiança quanto ao futuro do Nordeste, personificado pelo Rafael Branco, mas que é comum a todos aqueles que aceitam avançar para afirmar um projeto inspirado naqueles que são os valores da liberdade, da solidariedade, da tolerância e do respeito pelo outro e do respeito pelas posições contrárias”, afirmou o Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro.