Sérgio Ávila, anterior vice-presidente do Governo Regional e dirigente Socialista, alertou, esta terça-feira, para a possibilidade de uma redução no Plano de Investimentos para 2022, questionando “como é possível reduzir quando, fruto da negociação do anterior Governo da responsabilidade do PS/Açores, a Região tem à sua disposição quase o dobro dos fundos comunitários que tinha no anterior quadro comunitário”.
À saída da audiência com o Presidente do Governo, no âmbito das audições do Plano e Orçamento para 2022, a comitiva do PS/Açores, liderada por Sérgio Ávila, que se fez acompanhar por Cristina Calisto, membro do Secretariado Regional do PS, bem como pelo Secretário Coordenador do PS/São Miguel, André Rodrigues, manifestou o grande desafio para a Região, fruto desta negociação bem conseguida do anterior governo.
“A Região tem quase o dobro dos fundos comunitários que tinha anteriormente disponíveis, isso implica que o grande desafio é o total aproveitamento e capacidade de execução destes fundos comunitários e para isso acontecer é fundamental que o Plano de Investimentos reflita essa capacidade de execução”, referiu.
Na ocasião, a delegação Socialista, que não contou com a presença do Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, por se encontrar ausente da ilha, apresentou as prioridades e preocupações do PS/A no âmbito das definições destes documentos estruturantes para a Região no próximo ano, salientando que o anterior governo conseguiu assegurar, no âmbito das negociações, quase a duplicação dos fundos comunitários para este período, que iniciarão a sua execução já este ano, no âmbito do React-EU e do PRR.
Nesta matéria, Sérgio Ávila identificou ainda três principais preocupações, “sendo a primeira ligada a que haja recursos cada vez mais disponíveis para aproveitamento de fundos comunitários e consequentemente para aumento do Plano de Investimentos”, salientando nessa matéria a necessidade de ter um "esforço de contenção da despesa corrente e de funcionamento, nomeadamente no que diz respeito aos cargos de chefia e de nomeação politica que, com este governo, tiveram um aumento muito significativo”.
Sérgio Ávila destacou ainda a preocupação com a evolução da situação relacionada com o emprego.
“Neste contexto também preocupa o facto de até ao final de julho, nos primeiras sete meses deste ano, se verificar que nos Açores, ao contrário do que tinha sido definido, há mais 450 Açorianos em programas ocupacionais” e que, de acordo com os dados do INE, “a taxa de desemprego nos Açores é superior à média nacional, quando no final do ano passado era claramente inferior”, assegurou.
Na ocasião, e salientando ser fundamental lançar uma agenda forte, do ponto de vista de relançamento económico e social, Sérgio Ávila defendeu o reforço das políticas e dos apoios às empresas, aos empresários e a todas as componentes de investimento que alavancam a retoma económica e social”, recordando, nessa medida, que o anterior governo tinha apresentado uma agenda para o relançamento económico e social com 250 medidas concretas, muitas delas reflitas no PRR.
Segundo Sérgio Ávila, “o PRR que neste momento está aprovado para os Açores corresponde, integralmente, àquele que o anterior Governo Regional do PS tinha planeado”, salientando que o atual governo não alterou nem uma única vírgula ao documento, sinal do acerto estratégico do anterior Governo socialista