Vasco Cordeiro realçou os “projetos concretos” com que o Partido Socialista se apresenta nestas eleições autárquicas e condenou as “pressões” que os partidos que suportam o Governo estão a fazer, atentando contra a liberdade dos Açorianos e usando os meios públicos para “favorecer” as suas candidaturas autárquicas.
O Presidente do PS/Açores apelou à mobilização dos Açorianos para a participação eleitoral no próximo dia 26 de setembro.
No comício de encerramento das eleições, realizado esta quinta-feira à noite em Ponta Delgada, Vasco Cordeiro assegurou que o Partido Socialista “não está nesta campanha eleitoral para fazer a contabilidade, com que outros se tornaram obsessivos em fazer: se ganha mais uma Câmara”, mas sim para implementar “projetos para cada uma das comunidades, para as freguesias, para os concelhos, para as cidades, para as vilas…”.
Para o Presidente do PS/Açores, “os partidos que são hoje responsáveis pelo Governo da Região, e nomeadamente o segundo Partido mais votado nas Eleições Legislativas regionais de outubro passado, saem desta campanha eleitoral duplamente derrotados. Já! Derrotados perante si e derrotados perante os Açorianos”.
Porque como demonstra esta campanha, explica, “é que essa conversa da liberdade, de que era necessário respeitar”, hoje são eles “os primeiro a sacrificarem esses valores e essa liberdade, com pressões sobre pessoas para não serem candidatos, com pressões sobre pessoas para não votarem no PS, utilizando recursos e meios da administração local e da administração regional para fazerem campanha ilegal nestas eleições”.
E dirigindo-se diretamente a Rui Rio – “o tal que disse que os Açores não eram fortuna nenhuma” –, que hoje foi ao Nordeste “bater no peito a dizer que o Governo da República usa os meios para fazer promoção e campanha eleitoral”, Vasco Cordeiro deixou um conselho, “olhe primeiro para si, olhe para a sua casa e depois, então, abra a boca”, e um aviso: “Nós, Partido Socialista dos Açores não recebemos lições de ética, de respeito pela opinião contrária, da parte nem do PSD nacional, nem muito menos do segundo partido mais votado nas eleições regionais”.
“Em 24 anos, nós temos o testemunho de que respeitamos e eles, em menos de um ano de Governo, já deitaram a perder tudo aquilo que proclamaram e tudo aquilo que disseram defender”, sublinhou.
Tendo em conta que PS/A é o único Partido que concorre a todas as autarquias da Região, Vasco Cordeiro realça que “estas eleições autárquicas são a propósito daquilo que nós queremos para o futuro dessas comunidades”, mas lembra que também está em causa “se os Açorianos aceitam voltar a um passado, voltar às páginas mais negras de um passado do PPD, ou se querem percorrer um caminho de liberdade, de justiça e de respeito por aqueles que têm opinião contrária, que é um património do Partido Socialista dos Açores.
Vasco Cordeiro condenou ainda as “manobras eleiçoeiras, do segundo partido mais votado nas últimas eleições regionais, agora no governo”, que se tem assistido nestas eleições, em que se tenta “condicionar” a administração regional e a máquina do Governo regional para favorecer certas candidaturas.
E a título de exemplo referiu o que se passou no Corvo, onde os governantes se deslocaram, quase todos, nas duas últimas semanas para fazer anúncios, ou nas Flores onde está publicamente anunciado um comício de encerramento, do segundo partido mais votado nas últimas eleições, “em que a estrela da companhia - e assim é anunciado-, é o Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural”.
Desde o início das eleições que o Presidente do PS/Açores recusou a tentativa desses partidos, de tornar estas eleições a segunda volta das eleições regionais, mas assegurou: “O PS não pode admitir que alguns, nomeadamente esses partidos, queiram transformar essas eleições num exercício obsessivo de querer controlar tudo e todos – não é este os Açores que nós queremos e não cederemos um milímetro na luta pela liberdade de cada um dos Açorianos”.
Sobre a candidatura do PS/Açores à Câmara Municipal de Ponta Delgada, Vasco Cordeiro defende que “é desesperadamente necessária uma Nova Vida”, que não se trata de decidir “se temos mais lomba ou menos lomba na avenida marginal”, mas sim, quem tem, como o candidato André Viveiros, “medidas destinadas às pessoas, às famílias, para enfrentar este período complicado que todos vivem”.
Como, aliás, ficou recentemente demonstrado com a questão da recolha do lixo em Ponta Delgada, a atual governação é incapaz de resolver, mas “a candidatura do Partido Socialista, nomeadamente a Ponta Delgada e sob a liderança do André Viveiros, traz para benefício para Ponta Delgada cidade e para Ponta Delgada concelho”.