“O impacto e melhorias conseguidos na qualidade das águas das Lagoas em virtude das inúmeras medidas e ações desenvolvidas, nos últimos anos, não pode ser posto em risco e deitado a perder”, defendeu Célia Pereira, esta sexta-feira, na sequência de uma visita que os deputados do PS/Açores fizeram à Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas e ao Centro de Monitorização e Investigação das Furnas, “no seguimento das crescentes evidências do agravamento da eutrofização da Lagoa”.
A deputada do PS/Açores anunciou, na ocasião, que deu entrada na Assembleia Legislativa dos Açores um requerimento a pedir ao Governo Regional informação sobre “o acompanhamento e controle da qualidade ambiental das Lagoas” e a solicitar a disponibilização dos relatórios de acompanhamento.
Célia Pereira recordou que “nos anteriores Governos” foram mobilizados “muitos recursos” e feitos “investimentos consideráveis” para “combater e atenuar os impactos negativos nas nossas Lagoas, de décadas e décadas de atividade agropecuária e da presença humana”. A mais recente, referiu, foi em agosto de 2020, com a “assinatura de um Protocolo de Colaboração Técnica e Financeira entre o Governo dos Açores e o Fundo Ambiental, no valor de 800 mil euros para dois anos, relativo ao tratamento da água das lagoas nos Açores”.
No entanto, realçou, “preocupam-nos os sinais de desleixo e, até, abandono das medidas de acompanhamento e controle da qualidade ambiental das Lagoas”, pelo que o atual Governo deve esclarecer: “Com que periocidade e com que recursos se realiza, atualmente, o acompanhamento e controle da qualidade ambiental das Lagoas de São Miguel e, em particular, da Lagoa das Furnas?”.
No requerimento entregue já no Parlamento Açoriano são também pedidas informações sobre “qual o grau de execução financeira e concretização das ações abrangidas pelo Protocolo de Colaboração Técnica e Financeira com o Fundo Ambiental?” e “quais os projetos e iniciativas em vigor entre o Governo Regional e os Centros de Investigação com vista ao acompanhamento e preservação das Lagoas dos Açores?” .
Para o GPPS “este combate constitui um percurso longo”, que “importa assegurar e continuar, independentemente do executivo em funções”, porque, acrescenta, “as nossas gentes, as nossas paisagens e ecossistemas naturais constituem o património mais nobre e os mais valiosos recursos que detemos”.
“Não cuidar do que é nosso é pôr em risco a sustentabilidade e o futuro da Região”, realçou Célia Pereira.