O deputado do Partido Socialista, Tiago Lopes, condenou, esta sexta-feira, a injustiça que o Governo Regional "está a criar para alguns enfermeiros dos Açores que estão a ser discriminados relativamente a colegas e a outras carreiras da saúde”.
O parlamentar falava na sequência da petição que reivindica a "contabilização do tempo integral do serviço prestado no Serviço Regional de Saúde", após audição dos peticionários.
O deputado do PS/Açores lamentou “a falta de respostas e esclarecimentos que o executivo devia prestar” a estes profissionais.
Na audição realizada em sede de Comissão de Política Geral, esta sexta-feira, o parlamentar do PS/Açores lamentou, também, que o atual executivo esteja a “falhar no compromisso assumido com os enfermeiros relativamente às valorizações remuneratórias”.
Tiago Lopes adiantou que “é injusto os peticionários serem excluídos” do acordo que foi assinado entre sindicatos e Governo Regional, com a concordância da Ordem dos Enfermeiros nos Açores, para assegurar “as valorizações remuneratórias e o reposicionamento na nova carreira”.
O deputado socialista considerou que “o facto destes enfermeiros terem deixado de prestar serviço nos Hospitais e terem passado para as Unidades de Saúde de Ilha, não justifica que sejam excluídos do acordo de valorização remuneratória, ou seja, todo o tempo que trabalharam nos Hospitais não vai contar para a sua progressão e para o posicionamento na nova carreira”.
Para Tiago Lopes “é incompreensível que a Secretaria Regional da Saúde continue sem dialogar com estes peticionários que, em julho, ainda antes do acordo ter sido assinado, fizeram uma exposição sobre este assunto, que ainda não mereceu qualquer resposta por parte do Governo”, e no dia 1 de setembro, avançaram com a presente petição, “também sem obterem qualquer disponibilidade do executivo para debater o assunto”.
O deputado do PS/Açores recordou que “o acordo estabelecido entre o anterior Governo e os sindicatos previa a contabilização de todo o tempo de serviço, de todos os enfermeiros, independentemente do vínculo e da unidade onde estivessem a trabalhar e agora, sem qualquer justificação ou critério lógico, estes profissionais são excluídos”.
Tiago Lopes assinala, ainda, que todo o processo “ao contrário do prometido e anunciado publicamente pelo Governo Regional em agosto, em que já se deveria estar a pagar aos enfermeiros, parece, pelos vistos que ainda está longe de acontecer”. O parlamentar explica que, “a julgar pela circular da Direção Regional da Saúde, publicada recentemente, só agora está a ser feito o levantamento dos profissionais abrangidos, o que faz antever mais atrasos, devendo, contudo, rever-se a injustiça agora criada".