O Grupo Parlamentar do PS acusou esta terça-feira o Governo Regional de ter “criado falsas expectativas junto dos empresários Açorianos, em vários setores e também no da Saúde”, com a “trapalhada das Agendas Mobilizadoras, que continua a prejudicar as empresas Açorianas”.
A posição foi assumida pela vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, Sandra Dias Faria, após reunião com a administração da Clínica de São Sebastião, empresa integrante do Grupo Marques.
Sandra Dias Faria realçou que, ao contrário do que afirmou o Presidente do Governo Regional, o processo “não voltou à estaca zero, não vai ser retomado, uma vez que não há mais agendas mobilizadoras e nem mais apoios para a inovação empresarial no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.
A deputada socialista recordou as críticas feitas por 9 clínicas particulares da ilha de São Miguel acerca da “falta de informação e transparência no processo das Agendas Mobilizadoras”, empresas que reivindicaram acesso equitativo a candidaturas de projetos ao PRR e do novo Quadro Comunitário de Apoio 2021-2027.
“É falso que se volte à estaca zero”, quando sabemos hoje que “a componente das Agendas Mobilizadoras do PRR para a Inovação Empresarial não voltará a abrir”.
Sandra Dias Faria lamentou a “pobre gestão destas agendas pelo Governo Regional”, que “falhou no propósito de apoiar as empresas na sua recuperação económica, deixando de fora a maior parte das empresas Açorianas”.
Para a socialista, é “importante perceber o porquê da estratégia desenhada pelo Governo Regional para estas Agendas” que, no setor da Saúde, “incluiu apenas um agente privado, deixando de fora todos os outros”.
A deputada do PS frisou que empresas como a AçorClínica, o Centro de Fisioterapia de Ponta Delgada, o Centro de Reabilitação da Ribeira Grande, a CAL – Clínica do Aparelho Locomotor, a Clínica Bom Jesus, a Clínica do Colégio, a Clínica Forjaz Sampaio, a MEKA Center – Clínica da Mulher e a Clínica São Sebastião “têm sido parceiros do Serviço Regional de Saúde ao longo dos últimos anos, contribuindo para o emprego e para o PIB da Região”.
“Todo o processo foi muito pouco transparente, há muito a explicar e é por isso que realçamos a importância do estabelecimento, no Parlamento Regional, da Comissão de Inquérito às Agendas Mobilizadoras, aprovada no último plenário, com o objetivo de clarificar todo este processo”, finalizou a vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, Sandra Dias Faria.