“Não basta pôr dinheiro nas ações, é preciso que elas sejam executadas”, afirmou Ana Luísa Luis, em resposta aos jornalistas. A deputada do Grupo Parlamentar do PS/Açores falava depois de uma reunião com o Conselho de Administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), no âmbito das jornadas que decorrem em São Miguel, sobre as propostas de Plano e Orçamento da Região.
O encontro com alguns dos administradores do HDES serviu para destacar a importância do setor da saúde e para tentar “perceber algumas das perturbações que têm existido”, conforme foi denunciado por ordens profissionais e sindicatos, principalmente, ao nível da prestação de serviços, mas também ao nível de algumas questões laborais e, particularmente, ao nível da prestação de cuidados de saúde em oncologia que é para nós um serviço fundamental”.
Ana Luísa Luís adianta que na reunião tiveram “oportunidade de reiterar que, para o PS, um bom funcionamento do HDES é aquilo que todos nós queremos porque, em última instância, será em prol de todos aqueles que aqui têm que se deslocar”.
O encontro também serviu para manifestar a “profunda preocupação” do Grupo Parlamentar do PS quanto “ao desinvestimento” que o Governo pretende fazer em 2022. Essa opção, aliada à fraca execução que o Governo Regional está a fazer este ano, “em ações tão importantes como o apetrechamento e a modernização das instalações do Serviço Regional de Saúde, a capacitação do Sistema de Saúde, o Planeamento e Investimento em recursos humanos” é, de facto, motivo de grande preocupação.
Para Ana Luísa Luís, demonstra “a falta de credibilidade” destes documentos e, “pior”, contradiz claramente “aqueles que foram os compromissos assumidos pelo próprio Governo Regional que seria de dotar o Serviço Regional de Saúde de Orçamentos robustos e de pagar as dívidas a fornecedores em dois anos. Não foi isso que aconteceu e por aqueles que são os dados disponíveis, não é isso que vai acontecer”.
Realça que “vivemos um momento particularmente desafiante para os Açores no que respeita à área da saúde, é urgente dar resposta aos utentes e que essa resposta seja eficaz e atempada. E é urgente transmitir tranquilidade para que haja confiança por parte de quem precisa dos serviços de saúde disponíveis na nossa região”.