“O Plano e Orçamento apresentado para 2022, pelo atual Governo Regional, desinveste 2,1 milhões no desporto açoriano, em relação a 2020, significando cortes de 400 mil euros nos apoios às atividades associativas desportivas, cortes de 700 mil euros nos apoios aos escalões de formação dos clubes e cortes de 1 milhão de euros no apoio à participação de clubes em quadros competitivos regionais, nacionais e internacionais”, denunciou Vílson Ponte Gomes, no debate em Plenário.
O deputado do PS/Açores questionou o Governo Regional sobre este desinvestimento, mas, mais uma vez, o executivo não respondeu nem esclareceu os açorianos. Certo é que “o Desporto Açoriano representa 1,1% no Plano e Orçamento deste ano” e essa não é a forma de “investir no desporto”, defendeu.
Vílson Ponte Gomes recorda que “há clubes em dificuldades, tendo em conta o contexto difícil pelo qual as estruturas passam e que têm uma menor capacidade de conseguir gerar receitas próprias, pelo que este não era o momento para alterações que vêm diminuir o investimento no desporto”.
“Com estes valores a aposta do Governo é que haja menos equipas a participar nos quadros competitivos nacionais”, alertou.
O deputado do PS/Açores referiu também que a proposta de Plano e Orçamento “põe em causa, por falta de disponibilidade financeira, protocolos de cedência de instalações desportivas aos clubes com entidades proprietárias de instalações desportivas de treino e competição, por exemplo o caso das juntas de freguesia, o que quer dizer este Governo Regional não dá condições de treino aos clubes açorianos”.
“Como é que o Governo pode querer apoiar o desporto, apostar no alto rendimento, se não dá condições de treino como sendo a base de desenvolvimento de qualquer processo desportivo e treino, se temos tantos problemas, se este Plano e Orçamento está limitado, não há disponibilidade financeira”, questionou.