“O Governo Regional vive no mundo da agro-ficção, sem credibilidade, nem respostas para os Agricultores Açorianos, conforme demonstra a proposta de Plano e Orçamento para 2022”, realçou Carlos Silva no Parlamento Açoriano.
Carlos Silva sublinhou que nos documentos “não existe uma única palavra, nem proposta sobre os aumentos brutais dos fatores de produção, como as rações, os adubos, ou o gasóleo agrícola” e percebe-se que “este Governo não tem qualquer credibilidade, nem tem resposta para os a Agricultura Açoriana”.
O parlamentar socialista realçou a dissonância entre “o que diz o Presidente da Federação Agrícola, sobre a crise dramática do setor” e o que “está escrito no Plano e Orçamento para a Agricultura em 2022 e o que diz o Sr. Secretário Regional da Agricultura”.
“Com manifestações a acontecerem na ilha Terceira e em São Miguel, o que é que faz o Sr. Secretário? Apresenta a nova marca da IROA, como se isso fosse estratégico para a Agricultura Açoriana. Isto é surreal”, sublinhou Carlos Silva.
O deputado frisou que “não perceber que esta crise, que envolve o setor agrícola e a indústria agroalimentar, é não perceber o que está a acontecer”, lamentando que, no Plano e Orçamento “nada seja dito sobre o preço do leite e sobre o aumento dos custos de produção”.
“Até parece que os Agricultores estão satisfeitos. Não estão. A crise neste setor é dramática, estende-se a toda a fileira, o preço por litro pago ao produtor está hoje pior do que estava há um ano atrás e não existem respostas por parte do Governo”, destacou Carlos Silva.
O Socialista lamentou que, para 2022, o Governo Regional “corta o investimento produtivo em dois milhões de euros as verbas para os caminhos, abastecimento de água e eletrificação, além do corte de 3,4 milhões para as medidas de apoio às produções locais, questionando se “é assim que o Governo pretende resolver os problemas dos Agricultores?”.
“O Plano e Orçamento está como o Governo Regional: sem credibilidade e sem respostas para a Agricultura. Não dá resposta ao aumento das rações em 30%, com previsão de mais subidas, não dá resposta ao aumento dos adubos, em alguns casos, em mais 80%, não contempla o preço dos transportes e dos fretes que também aumentou substancialmente”, frisou.
“Estes são exemplos reais, de problemas reais, que os nossos Agricultores enfrentam diariamente e o Governo o que escolhe é cortar no investimento produtivo”, lamentou o deputado do PS, Carlos Silva.