Na sequência das audições realizadas na Comissão de Assuntos Sociais sobre o Hospital Divino Espírito Santo, o PS/Açores reitera a sua “preocupação em relação ao clima de instabilidade que se vive e que prejudica a segurança dos seus utentes”. Os deputados insistem, ainda, na importância de “o Governo disponibilizar, como já foi solicitado, o relatório da Microsoft sobre o ataque informático, de forma a esclarecer se a decisão do executivo foi precipitada e se era possível ter evitado as graves consequências que ainda hoje se sentem”.
No que respeita às audições, Tiago Lopes atentou particularmente nas críticas dos responsáveis da Ordem dos Médicos e do Sindicato Independente dos Médicos, que, confirmaram, “sem sombra de dúvida”, que “falta comunicação” no relacionamento da Administração com os profissionais de saúde do HDES e que existe um clima de insatisfação muito grande que não beneficia a segurança dos utentes.
Para o deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores é também inaceitável que, “o número de consultas reportado, contenha atos médicos sem doente - o que corrobora as dúvidas e questões já manifestadas pelo GPPS/Açores”.
Os deputados do PS/Açores defendem ainda que “é importante criar incentivos financeiros à fixação de médicos, mas importa igualmente criar condições de trabalho e promover a estabilidade dos colaboradores do maior hospital da Região”.
Sobre as audições relativas ao ataque informático ao Hospital de Ponta Delgada, o deputado Tiago Lopes destaca “as graves contradições das versões apresentadas em Comissão” e considera que “a possibilidade de o Governo se ter precipitado ao decidir encerrar todo o sistema informático, quando tal não era necessário, não pode ficar por esclarecer”.
Tendo em conta “as consequências danosas dessa decisão do Governo”, que ainda hoje afeta a prestação de cuidados a doentes, “é imperativo” que os deputados tenham acesso a todas as informações, nomeadamente ao relatório produzido pela Microsoft sobre o sucedido e que podem “confirmar se não se justificava ter que encerrar todo o sistema informático para resolver a situação”, nada estando relacionado com a existência de firewall que até há pouco tempo estava a ser suportada pela Direção Regional das Comunicações.