O Presidente do PS/Açores lembrou, esta quinta-feira, ter sido o Partido Socialista que, ao longo destes últimos seis anos, “não só honrou, como superou, a prática e o património político de ações em favor das Autonomias regionais”, assinalando ser disso que também se deve falar nas Eleições Legislativas nacionais.
Vasco Cordeiro, que intervinha na reunião da Comissão de Ilha do PS São Miguel, recordou ter sido com os Governos do Partido Socialista que, por exemplo, se colocou fim a “uma injustiça de décadas no domínio da Saúde”, salientando que, até ao início de funções deste governo na República, “as deslocações de Açorianos ao Serviço Nacional de Saúde eram cobradas ao Serviço Regional de Saúde”.
“Isso acabou por decisão do Governo do PS”, assegurou o líder Socialista, para manifestar ter sido uma decisão política “que acabou com uma injustiça de décadas e que reforçou, no fundo, a igualdade entre todos os portugueses, vivessem eles nas Regiões Autónomas ou no continente”.
Vasco Cordeiro lembrou também que foi igualmente o Governo da República do Partido Socialista que acabou com a discriminação dos Açores em relação à Madeira, em matéria de Obrigações de Serviço Público de transporte aéreo inter-ilhas.
“Na Madeira, quem paga as Obrigações de Serviço Público de transporte aéreo inter-ilhas é o Governo da República, sempre foi assim. Nos Açores, até entrar este Governo, liderado por António Costa, quem pagava as ligações inter-ilhas era o Governo Regional, e na Madeira o Governo da República. Foi com o Governo do PS que se acabou com essa injustiça, mas ninguém fala nisso, passa despercebido”, manifestou o Presidente do PS/A.
Também em matéria de solidariedade, o Socialista recordou ter sido este Governo da República que aquando da passagem do Furacão Lorenzo assumiu 85% da recuperação dos estragos, realidade que “só não está atualmente assim por e incompetência do atual Governo Regional, nomeadamente o seu presidente”.
“O Governo da República do PS foi, e é, um governo que dá efetivamente mostra de solidariedade para com as Autonomias regionais, não pode haver a mínima dúvida e o mínimo pejo em relembrar aquilo que aparentemente já está muito esquecido”, acrescentou.
Salientando nessa medida que este património dos Governos do PS em favor da Autonomia regional não faz parte do património político do PSD, Vasco Cordeiro relembrou a declaração do líder social-democrata, Rui Rio, quando se referiu aos Açores dizendo “que nós aqui não éramos fortuna nenhuma, eram 12 mil votos”, para questionar se “isso não tem importância no momento em que se discute quem é que nós queremos que esteja à frente do Governo do nosso país?”.
Defendendo ser “com os governos do PS e com este Primeiro-Ministro que nós temos efetivamente um caminho de futuro para Autonomia regional”, o Presidente do PS/Açores frisou que essa ação não se resume apenas à correção de injustiças, mas também através da aposta, na Região, em áreas de vanguarda como é o caso do Espaço, ação que considera estar a ser “posta a perder por este Governo Regional do PSD”.
Mas, também ao nível dos Fundos Comunitários, e lembrando que os Açores, fruto da negociação com este Governo da República, do Partido Socialista, recebem, entre 2021 e 2027, quase o dobro dos fundos que tiveram entre 2014 e 2020, cerca de 3 mil e 200 milhões de euros, Vasco Cordeiro alertou para o facto de que a “incompetência deste governo regional tem posto a perder oportunidades como nós vimos com o exemplo das Agendas Mobilizadoras”.