Tiago Lopes lamentou, esta quinta-feira, que para os partidos que sustentam o Governo Regional e para o próprio Executivo, “não seja uma urgência e uma prioridade melhorar o apoio aos doentes transplantados Açorianos.
O deputado socialista falava na cidade da Horta, após uma proposta de urgência do Partido Socialista para melhorar a legislação que enquadra o Complemento Especial para o Doente Oncológico (CEDO), chumbada pelo PSD, CDS-PP, PPM e IL.
Tiago Lopes recordou a “evolução do Serviço Regional de Saúde ao longo dos últimos anos”, frisando que “pela especificidade de tratamentos, encaminhamentos e seguimentos, existem doentes transplantados que necessitam de se deslocar entre as ilhas, para o território continental e para o estrangeiro”.
O deputado socialista reconheceu a importância do apoio aos doentes oncológicos através do CEDO, mas lembrou que existem também “doentes transplantados (de pulmão, rim, medula, entre outros), na maioria dos casos imunocomprometidos que, pela sua fragilidade e vulnerabilidade, merecem igual apoio nas suas deslocações”.
A proposta do PS visava conceder aos doentes transplantados o direito a receber, por dia de deslocação, um complemento no valor de 20 euros, bem como permitir que estes doentes tivessem o direito ao acompanhamento de uma pessoa, com apoio equivalente a uma diária nos termos do regulamento da deslocação de doentes do Serviço Regional de Saúde.
Aos doentes deslocados seria também reconhecido, versava a proposta do PS, a aplicação de um complemento correspondente a 1/3 do tempo estimado para a sua deslocação, contado à partida da sua ilha de residência.
“Infelizmente nem o Governo Regional, nem os partidos que o sustentam, demonstraram sensibilidade e reconheceram a importância dos problemas de saúde e das condições de vida e tratamento que os nossos doentes transplantados atravessam. Ficou, mais uma vez, bem demonstrada a diferença de visão e de posicionamento entre Esquerda e Direita”, finalizou o deputado do PS/Açores, Tiago Lopes.