O cabeça de lista do Partido Socialista dos Açores às eleições legislativas nacionais defendeu, esta terça-feira, o reforço de uma relação de proximidade e de parceria com a Universidade dos Açores, na defesa dos interesses da instituição junto do Governo da República.
Para Francisco César, que falava à margem da reunião entre a candidatura do PS e a Reitoria da Universidade dos Açores, o modelo de financiamento da Universidade, por exemplo, não pode continuar a ser indiferenciado em relação a todo o continente português.
“O Estado trata um aluno dos Açores exatamente como se ele tivesse o mesmo custo que um aluno do continente e, nesta matéria, a posição do Partido Socialista, desde há muito, é que isto não deve continuar assim, ou seja, deve haver uma discriminação positiva, da mesma forma que há em relação à Lei de Finanças Regionais, em relação às Regiões Autónomas”, assegurou o dirigente Socialista, para manifestar ser esse o compromisso da candidatura do PS.
Assim, e salientando que no âmbito da ação dos deputados do PS/Açores que venham a ser eleitos à Assembleia da República, Francisco César defendeu trabalhar para que haja, para a Universidade dos Açores, “um modelo de financiamento tal e qual como foi acordado no passado, que garanta à Universidade as mesmas condições que existem no resto do país, ou seja, uma discriminação positiva”.
Na ocasião, e referindo-se à questão relacionada com a afetação de fundos comunitários, o Socialista relembrou também o compromisso, proposto pelo Partido Socialista, para que no último Orçamento do Estado “as Universidades não fossem discriminadas no acesso a fundos comunitários”, matéria na qual, conforme frisou, a Universidade dos Açores estava numa espécie de limbo, porque, ao “ser dependente do Governo da República não poderia aceder a fundos comunitários da República, mas estando nos Açores não poderia aceder a fundos comunitários dos Açores”.
Para o candidato Socialista, e fruto do trabalho dos deputados do PS na Assembleia da República, a alteração ao Orçamento do Estado permitiu que “isto seja concretizado, não só no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, como também nos próximos Programas Operacionais”, garantindo assim que as Universidades não sejam discriminadas.
“É fundamental garantir, junto do Governo e da Assembleia da República, que a Universidade dos Açores tem todas as condições para continuar a competir com as nacionais, a atrair e a formar quadros nos Açores para termos um centro de conhecimento de excelência na Região”, defendeu Francisco César.
Durante a reunião com a Reitoria da Universidade dos Açores a questão da ciência foi também abordada, com o cabeça de lista, Francisco César, a salientar que em matéria da lei do espaço, sempre acreditou que não chegaria a Conselho de Ministros: “A informação que tenho é que, com base na agenda até ao final da legislatura, o decreto-lei sobre o espaço não irá a Conselho de Ministros e, portanto, esta é uma boa notícia”, saudou o candidato Socialista para relembrar que nesta matéria o que vale é a lei regional.