“A implementação do Instituto da Vinha e do Vinho dos Açores na ilha do Pico, anunciada em junho de 2020 pelo anterior Governo vai ser possível graças ao empenho dos produtores e dos investimentos feitos nos últimos anos”, destacou Mário Tomé, deputado do PS/Açores, na sequência das audições que decorrem na Comissão de Economia.
Mário Tomé sublinhou “o longo caminho que foi necessário percorrer para se chegar à criação desta entidade”, fazendo questão de enaltecer, “em primeiro lugar, as pessoas, como os picarotos - homens empreendedores que, de facto, com a sua resiliência, mantiveram viva a cultura da vinha e do vinho -, mas também os graciosenses, os terceirenses e todos aqueles que se empenharam nesta atividade”.
“Os fortes apoios e a aposta estratégica dos anteriores Governos” também mereceram destaque do parlamentar do PS/Açores que referiu, por exemplo, “o investimento feito entre 2014 e 2018, no período de maior intensidade em termos de candidaturas ao programa Vitis, que rondou os 20 milhões de euros, correspondendo a 701 hectares e envolvendo cada vez mais jovens nesta atividade”.
Para Mário Tomé “houve passos concretos que foram dados, com a Classificação da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, com a consequente criação da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores e a construção do Laboratório Regional de Enologia, entre outros que permitiram criar as condições para este ser já um setor de referência a nível do turismo, da criação de emprego e da dinamização da economia”.
O deputado do PS/Açores pede “celeridade” a este Governo que “tarda em concretizar projetos importantes”. Mário Tomé falava depois das audições realizadas esta quinta-feira aos representantes da Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico, da Cooperativa Vitivinícola da ilha do Pico, da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores e do Secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural.