Francisco César, cabeça de lista do PS/Açores à Assembleia da República, manifestou, esta segunda-feira, a preocupação do Partido Socialista com os fenómenos relacionados com a criminalidade e a reinserção social, destacando, nesta matéria, o aumento do número de funcionários que permitiu reforçar a qualidade do trabalho realizado na Região.
De acordo com o dirigente socialista, que falava à margem de uma reunião com a Direção do Núcleo dos Açores da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, “a Direção foi reforçada, nos últimos anos, com mais meios humanos”, em cerca de 40%, mas também ao nível dos meios operacionais, referindo a articulação que existe com as autoridades locais no sentido de intervir diretamente onde há problemas. Referiu, ainda, o aumento registado no recurso a meios de vigilância eletrónica em alternativa à prisão e a capacidade de que os serviços dispõem para crescimento desta medida.
Na ocasião, e salientando a preocupação com as vítimas de criminalidade, o socialista referiu serem três as abordagens essenciais nesta matéria, destacando, em primeiro lugar, a prevenção, nomeadamente no que se refere ao combate ao fenómeno da pobreza, no qual defende a introdução de políticas que possam prevenir estas situações de risco.
“Há que sinalizar todos os jovens e crianças que estão em risco, introduzindo políticas que direcionem à inserção”, acrescentado o reforço da formação em determinadas comunidades onde pode haver maior risco de entrar na criminalidade. “Há aqui uma aposta muito forte que deve ser feita da parte do Partido Socialista na próxima legislatura”, considerou Francisco César.
Salientando, ainda, que a pobreza nos Açores regrediu cerca de 10 pontos em 2021 e 2019, o cabeça de lista do PS à Assembleia da República referiu o objetivo, a nível nacional, de retirar cerca de 660 mil pessoas da pobreza. Para Francisco César, esta “é a melhor forma que temos de intervir em casos que são socialmente muito complicados, e isso terá um efeito na nossa comunidade e na vida das pessoas”, para que se possam inserir no mercado de trabalho e ter a vida que gostaríamos que tivessem.
Francisco César, manifestou ainda, na ocasião, preocupação com o efeito das drogas sintéticas, salientando, neste aspeto, ser um problema muito localizado na Região, e principalmente na ilha de São Miguel: “ainda não há uma abordagem estudada do ponto de vista do combate e da reabilitação destas drogas, e isso deve motivar um estudo em relação à nossa ilha, para que se perceba porque é que este fenómeno acontece mais aqui do que no continente, e mais em São Miguel do que em outra ilha”.
Para o socialista, estes são novos fenómenos que merecem “novas abordagens e novas respostas da parte do Estado”.