Os Vereadores do PS na Câmara da Ribeira Grande propuseram a celebração de um ano Frutuosiano para assinalar os 500 anos do nascimento de Gaspar Frutuoso.
Para Lurdes Alfinete e Artur Pimentel, «a Ribeira Grande deve assinalar os 500 anos do nascimento de Gaspar Frutuoso ao longo de todo o ano de 2022, pois é uma figura intimamente ligada ao nosso Concelho.»
Para os Vereadores Socialistas, «é com surpresa que se observa outras instituições e concelhos vizinhos a dar nota das celebrações dos 500 anos do nascimento de Gaspar Frutuoso, enquanto na Ribeira Grande ainda não se desenha uma agenda ao nível deste cronista-mor das nossas ilhas, que escolheu a nossa terra para viver e onde repousa». Reforçam que «Gaspar Frutuoso é demasiado importante para passar despercebido, pelo que a Câmara já deveria estar a mobilizar as nossas Associações, Escolas e outras forças vivas para se unirem em torno deste propósito.»
Os Vereadores do Partido Socialista avançaram com propostas concretas para ajudar a organizar este ano Frutuosiano, indicando-as na reunião ordinária de Câmara de quinta-feira, dia 3 de fevereiro: «a pesquisa escolar, a conceção de certames artísticos e musicais renascentistas, a organização de visitas (físicas e/ou virtuais) a espaços, a exposição de relíquias e de paramentaria religiosas, o relançamento de Saudades da Terra ou de Saudades do Céu ou, até, o lançamento de um Roteiro Fructuosiano».
Propuseram, ainda, que o «Prémio Gaspar Frutuoso, de responsabilidade municipal, seja reaberto, permitindo, neste ano em particular, a rememoração desta figura histórica.»
Gaspar Frutuoso continua com uma presença muito visível em topónimos e edifícios Ribeiragrandenses e como patrono da Escola Básica e Integrada da cidade. Esta figura de relevo internacional, narrador único da historiografia, da geografia, dos usos e costumes dos Açores, nasce em 1522, em Ponta Delgada, mas é na Ribeira Grande que escolhe residir e escrever, dando luz à sua obra mais conhecida, Saudades da Terra. Por isso, para os Socialistas, deve ser na Ribeira Grande que a maior celebração deve acontecer, com pompa, ainda que com atenção à circunstância.