PS/Santa Maria lamenta que Governo não tenha acautelado interesses dos Marienses para instalação do Spaceport

PS Açores - 17 de fevereiro, 2022

“É lamentável que o Governo Regional, através da Secretaria Regional da Cultura, da Ciência e Transição Digital, não esteja a trabalhar de forma a acautelar os interesses dos Açores e da ilha de Santa Maria, desrespeitando assim os Marienses e todos quanto acreditam no projeto de instalação de um porto de atividades espaciais (Spaceport)”, condenou, esta quarta-feira, o PS/Santa Maria.

De acordo com o Secretariado de Ilha, e face às recentes notícias que apontam que o novo concurso público para a construção só deverá ser lançado no próximo mês de março, após nova avaliação jurídica e técnica, todo este tempo decorrido conduziu à estagnação do processo.

Para os socialistas de Santa Maria, “não se compreende como é que o Governo Regional não tenha trabalhado de forma a terminar o caderno de encargos para o lançamento do concurso, tal como já se tinha comprometido e que afinal não tinha concluído”, criticando o facto de só agora virem anunciar “que os pressupostos do concurso e o caderno de encargos estão a ser ultimados”.

“Esta é mais uma prova de que este Governo não está ao lado dos Marienses como tanto gosta de apregoar, uma vez que o que nos foi transmitido sobre esta matéria não corresponde integralmente à verdade”, reforçaram os socialistas.

Com o objetivo de conceber, instalar e operar o lançamento de microssatélites, o processo de criação do porto espacial arrancou em 2018, sendo que por imposição judicial as duas propostas, da Atlantic Spaceport Consortium e o RFA Azores, acabaram excluídas pelo júri do concurso, num processo que se arrastou no Tribunal, depois de ter sido impugnado por um dos concorrentes, levando a um atraso do projeto.

“Para o PS/Santa Maria não é aceitável que esta matéria se continue a arrastar no tempo e a fazer com que a Região esteja a perder oportunidades, dado que os potenciais interessados estão a investir na Nova Zelândia, Noruega, Suécia ou Escócia”, afirmaram os socialistas, para defender a necessidade de que se termine, “o mais rapidamente possível, o caderno de encargos para que o concurso possa ser lançado, efetivamente, no mês de março”.