A Coesão Territorial é o parente pobre do PO Açores 2030, lamentou Joana Pombo

PS Açores - 24 de fevereiro, 2022

Joana Pombo lamentou, esta quinta-feira, que o Governo Regional “desconsidere a questão da coesão territorial, alocando para esse fim apenas 16 milhões do Programa Operacional 2030 para um período de 6 anos”, demonstrando que “a coesão territorial dos Açores é, de facto, o parente pobre do PO Açores 2030”.

Neste dia, no âmbito das Jornadas Parlamentares descentralizadas que o GPPS está a promover sobre a proposta de PO Açores 2030, os deputados do PS reuniram com os Conselhos de Ilha da sua respetiva ilha.

À saída da reunião com o Conselho de Ilha de Santa Maria, a deputada socialista salientou que este PO “destina apenas 1% das suas verbas à coesão territorial”, o que “contradiz grosseiramente as juras deste governo de valorizar a coesão entre as ilhas e de promover o mercado interno regional”.

“Estamos a falar de uma redução para metade das verbas destinadas ao apoio à mobilidade nos Açores face ao anterior Governo Regional da responsabilidade do PS; de 105 milhões de euros no PO Açores 2020, passamos para 50 milhões de euros, na anteproposta deste Governo Regional”, frisou a parlamentar.

“Também isso influi negativamente nas perspectivas que temos sobre a coesão regional, tão maltratada por este Governo”, lamentou.

“Sobre a coesão territorial verificámos aquilo que se passa noutras áreas; enquanto o Governo opta por reduzir os apoios às autarquias, às empresas ou às instituições de solidariedade social, triplica as verbas destinadas à mera gestão administrativa do PO, passando de 7,5 milhões de euros para 23 milhões de euros. Isso dá bem nota das prioridades deste Governo”, alertou a deputada/o do PS eleita por Santa Maria, Joana Pombo.

Por seu turno, o deputado João Vasco Costa sublinhou que as políticas de transportes marítimos e aéreos, implementadas por este Governo, “estão a prejudicar o desenvolvimento de Santa Maria”.

“O aumento dos voos diários da SATA na época de Verão não compensa, de forma alguma, a perda do transporte marítimo de verão durante três anos, nem o fim dos encaminhamentos gratuitos”, frisou.

João Vasco Costa sublinhou que os Marienses têm sido “muito pacientes” com toda esta situação e “estão a procurar sensibilizar o Governo Regional para os problemas que a ilha atravessa, a nível de exportação de gado e de produtos agrícolas e de fluxos turísticos, antes de avançar para outras formas de protesto”.

O parlamentar socialista lembrou que, nos últimos anos, “foram feitos investimentos públicos e privados no setor do turismo, com a perspectiva de haver melhorias nas acessibilidades à ilha”, tendo acontecido, “por más decisões deste Governo Regional”, o seu “exato oposto”.

“A deficiente e desarticulada escala do navio porta contentores e a ameaça do encerramento da gateway de Santa Maria são outros aspetos que nos preocupam”, frisou João Vasco Costa.