O grupo municipal do PS na autarquia de Santa Cruz da Graciosa contestou a decisão do Governo Regional dos Açores em determinar o fim dos encaminhamentos gratuitos para passageiros aéreos não residentes, bem como, o cancelamento da linha amarela da Atlânticoline, solicitando, nessa medida, que estas decisões possam ser revertidas, o mais rápido possível.
Num voto de protesto apresentado durante a última reunião, e aprovado por maioria, os deputados socialistas destacaram a forte penalização que resulta das alterações introduzidas, em novembro do ano passado, ao regulamento do encaminhamento de passageiros no interior da Região, nomeadamente ao nível “da competitividade turística de umas ilhas em relação a outras”, manifestando que caso um turista que opte por viajar numa companhia lowcost para os Açores, e de seguida para a ilha Graciosa, ou para qualquer outra ilha, “já não poderá fazê-lo gratuitamente como anteriormente”.
Na ocasião, e para além do protesto pela implementação desta medida, que “fere de morte o conceito de aeroporto único regional”, o grupo municipal do PS contestou, igualmente, o cancelamento do transporte marítimo de passageiros e carga rodada, a linha amarela da Atlânticoline.
Para os socialistas, com o cancelamento desta operação, que ligava oito das nove ilhas do arquipélago, há “um claro retrocesso nas acessibilidades das ilhas mais pequenas”, mas, verifica-se também “um rude golpe no mercado interno e na coesão regional, como há muito não se verificava na Região”.
“Estas decisões, do atual Governo Regional, foram implementadas de forma unilateral, sem qualquer aviso prévio, sem consultar os Conselhos de Ilha, os Municípios e Câmaras de Comércio dos Açores”, asseguraram os deputados municipais socialistas, para salientar serem medidas que “lesam profundamente os interesses económicos da ilha Graciosa e, como tal, devem ser revertidas o mais rápido possível”.