O dirigente do PS/Açores considerou, este sábado, que a Região está, desde as eleições legislativas regionais de 2020, mergulhada numa total instabilidade, referindo o “vazio de ideias e de projetos”, não por culpa do Partido Socialista ou de quem está na oposição, mas sim por causa de cinco partidos políticos e um deputado independente “cujo objetivo comum era tirar o PS do Governo”.
Para Sérgio Ávila, quando uma coligação se faz entre tantos partidos políticos, “no qual a única coisa que os une é tirar o PS do poder”, assistimos ao que está a acontecer atualmente na Região, em que os Açorianos concluíram que “aquele somatório de vontades era contra um partido e não a favor dos Açores”.
“Quando diretores regionais são demitidos por email, ou secretários regionais demitidos na televisão por líderes de outros partidos, ou quando partidos como o Chega anunciam que para aprovar um Orçamento acordaram com o Presidente do Governo uma determinada coisa, e o Presidente diz o seu contrário, revela uma total instabilidade e um governo sem ideias e projetos de futuro”, assegurou o socialista que, intervindo no XX Congresso Regional do PS/Madeira, deu nota dos cerca de 117 milhões de euros que a Região perdeu de fundos comunitários, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência destinados, por exemplo, à inovação empresarial.
Na ocasião, Sérgio Ávila, que integrou a delegação Açoriana, acompanhado de Mónica Rocha e de Vílson Ponte Gomes, membros do Secretariado Regional do PS/Açores, sublinhou que as vitórias se fazem da conjugação da “experiência do passado, o orgulho do trabalho presente e com a confiança no trabalho do futuro”, para salientar ser esta a diferença entre os socialistas e os restantes partidos.
“Em 2023 vocês terão um grande desafio pela frente e vencê-lo implica o contributo de todos e é nessa união de esforços que podem efetivamente dar a resposta que a Madeira precisa rumo ao desenvolvimento, ao crescimento, e ao ser uma região mais justa para todos”, assegurou o socialista Açoriano para referir que o PS/Açores “está convosco nesta vitória, em nome da verdadeira Autonomia”.
Segundo Sérgio Ávila, a verdadeira Autonomia não é aquela que é usada para gerar dependências nem conflitualidade política, mas sim aquela que “faz crescer e tornar cada um dos cidadãos mais independentes”, por considerar que a Autonomia não é apenas um conceito administrativo, mas sim um princípio de vida e de convicção.
Para o dirigente do PS/Açores, os socialistas madeirenses estão no caminho certo, “com ideias, projetos, identificando as prioridades e as fragilidades deste modelo de desenvolvimento”.
“Questões como a demografia, em que a Região contabiliza menos 17 mil Madeirenses nos últimos dez anos, a falta de coesão territorial, o aumento das desigualdades, e uma Região com a maior taxa de risco de pobreza, depois do somatório do investimento de milhões, não levaram à melhoria, porque apostaram em manter no poder alguns que já não se conseguiam manter sozinhos, por isso, juntando-se a outros que mais fracos fizeram das suas fraquezas a tentativa de serem fortes, não pelo projeto que tem para o futuro, mas apenas para manter o poder do passado, e isso tem dado a cada momento resultados que são cada vez piores e que os Madeirenses irão responder, com certeza, no futuro, nas urnas”, afirmou.
Para Sérgio Ávila, o PS/Madeira tem “as pessoas certas, com a experiência do passado, com o orgulho da obra do presente e a energia do futuro”, destacando, por isso, a presença das camadas mais jovens no XX Congresso dos socialistas madeirenses.
“Vejo, nesta sala, muitos jovens que estão aqui não por comodismo ou por ser a solução mais fácil, mas sim porque acreditam que o PS não é um projeto partidário, mas sim um projeto de futuro, e estão aqui com coragem, com determinação, com convicção e são o alicerce do futuro desta Região”, assegurou o socialista Sérgio Ávila.