Francisco César, deputado do PS/Açores à Assembleia da República, elogiou esta quinta-feira o relacionamento do Governo da República com as Regiões Autónomas, para sublinhar a “responsabilidade e credibilidade” do atual executivo para com os Açores e com a Madeira.
“Esta é uma postura que se tem vindo a revelar ao nível do investimento, ao nível dos transportes aéreos, no apoio para fazer face às calamidades, e, ainda mais recentemente, no apoio ao nível da situação pandémica”, referiu.
Nesse sentido, e enfatizando que o atual Primeiro-ministro “sempre soube respeitar as Autonomias, mas também colaborar e investir nestas Regiões”, Francisco César citou o próprio Presidente do Governo Regional dos Açores quando este reconheceu essa qualidade ao considerar que “o Senhor Primeiro-ministro merece a minha congratulação e satisfação para poder testemunhar, em primeira hora, o relacionamento institucional impecável, cooperante e com sentido de responsabilidade no cumprimento das missões e responsabilidades do Estado com os Açores”.
Reconhecendo, assim, que a eleição de António Costa como Primeiro-ministro foi uma resposta dos portugueses ao facto de não quererem a instabilidade no país, o também vice-presidente da bancada socialista na Assembleia da República recordou a situação política que se vive nos Açores, “em que o Governo é apoiado por vários partidos, pela extrema-direita, e que todos os dias ameaça cair e não ter capacidade para governar”.
Durante a sua intervenção em plenário, por ocasião da apresentação do Programa do Governo, Francisco César sublinhou existirem ainda outras matérias nas quais este executivo tem, também, vindo a aumentar a sua responsabilidade, credibilidade e prestígio, nomeadamente ao nível do plano europeu e internacional.
“Esse prestígio está relacionado com o cumprimento, por exemplo, das metas com que se comprometeu no âmbito da União Europeia, com o papel ímpar que teve no âmbito da presidência da União Europeia, ou, até, pelos resultados que tivemos na eleição de prestigiados portugueses no âmbito de cargos institucionais internacionais”, referiu.
Segundo Francisco César, Portugal tem estado na linha da frente de todas as importantes agendas europeias, “desde o aprofundamento da União Económica e Monetária, aos dossiês da transição energética, ou até daquilo que tem a ver com o avanço dos fundos estruturais no âmbito da União Europeia, bem como de outras agendas multilaterais”.
Assim, e referindo a importância de não se esquecer que a agressão da Rússia à Ucrânia implica, da parte do Governo português, novas respostas e um reforço das prioridades do ponto de vista da sua ação multilateral, o deputado socialista defendeu o reforço da ação portuguesa no âmbito de organizações como a União Europeia, a NATO ou as próprias Nações Unidas.
Na ocasião, Francisco César defendeu ainda que, no âmbito da atual conjuntura, também é igualmente prioritário um destaque para as políticas ao nível da relação com as comunidades portuguesas, para salientar que “a promoção da Língua portuguesa deve continuar a ser uma prioridade, da mesma forma que a internacionalização da nossa economia também o deve ser”, concluiu.