O deputado do Partido Socialista dos Açores à Assembleia da República, Francisco César, defendeu, esta sexta-feira, a importância de investimentos e dossiês fundamentais ao desenvolvimento dos Açores como os cabos submarinos, infraestruturas aeroportuárias ou as Obrigações de Serviço Público (OSP).
Para o vice-presidente da bancada socialista, que intervinha no âmbito do debate, na generalidade, do Orçamento do Estado para 2022, “quando falamos dos Açores, esses são investimentos fundamentais e transformadores” que permitem melhorar a vida das pessoas.
Nesse sentido, e numa referência à importância dos cabos submarinos, sem os quais a Região não tinha “a capacidade e a possibilidade de aceder a comunicações por voz ou por dados”, condição fundamental para que os Açores possam “entrar num novo ciclo de desenvolvimento”, Francisco César saudou a informação avançada pelo Primeiro-ministro quanto ao lançamento do concurso público, por parte deste Governo da República.
“Foi no tempo do Partido Socialista, em 1995, que se conseguiu lançar e concretizar o atual investimento dos cabos submarinos e será com este Governo do Partido Socialista que os novos cabos serão implementados”, sublinhou o parlamentar.
Durante o debate em plenário, o socialista referiu ainda a importância para a Região das infraestruturas aeroportuárias, para mencionar que o desenvolvimento e ampliação da pista do Aeroporto da Horta “é uma reivindicação antiga do Partido Socialista”.
“Foi, também, com este Governo do Partido Socialista que este assunto voltou à agenda, que finalmente se constituiu um grupo de trabalho que possa dar resposta sobre esta matéria e sabemos que há desenvolvimentos”, assegurou Francisco César, para questionar o ministro das Infraestruturas e da Habitação sobre os avanços previstos em relação ao Aeroporto da Horta.
Para o socialista, este Governo da República pode “contar com esta bancada e com os deputados do Partido Socialista para trabalharmos no sentido de que este sonho possa ser uma realidade”.
A finalizar, e sublinhando igualmente a importância da mobilidade para a Região, o parlamentar recordou as dificuldades ao nível das OSP, nomeadamente para as ilhas de Santa Maria, Pico e Faial, cuja rentabilidade das rotas já levou a que a própria Comissão Europeia não permita à SATA manter rotas que não sejam rentáveis.
Assim, e sublinhando ter sido um compromisso do PS nas últimas eleições, o de “garantir que novas OSP fossem lançadas num futuro próximo”, o também vice-presidente do grupo parlamentar na Assembleia da República questionou sobre os desenvolvimentos relativos a esta matéria, bem como qual o compromisso do Governo “para podermos ter essas três ilhas servidas pelo serviço público de transporte aéreo que seja competitivo não só para as companhias aéreas, mas que sirva a Região”.