“É urgente a criação de uma estratégia regional para combater a dependência externa, neste caso, em matérias-primas, quer para a alimentação humana, quer para a alimentação animal”, defende Patrícia Miranda.
A deputada falava, esta quinta-feira, no parlamento dos Açores, no âmbito de um debate sobre a proposta do PAN para criar um plano estratégico para a fileira dos cereais dos Açores, aprovada no Parlamento regional.
Patrícia Miranda considerou ser da “inteira responsabilidade” do Governo Regional “promover as devidas diligências para desenvolver e criar estratégias que permitem impulsionar o setor agrícola”.
“Há que perceber como adaptar a produção celerífera ao nosso clima, ao nosso tipo de solo, à nossa altitude e ao nosso relevo, onde possam trabalhar alfaias agrícolas especializadas”, alertou.
A parlamentar explicou que a produção celerífera é das práticas agrícolas mais exigentes para os solos, “principalmente na necessidade em azoto”.
“Estão os nossos solos preparados para novas produções?”, questionou a deputada.
Na sua intervenção, Patrícia Miranda defendeu que “os agricultores precisam que se olhem para eles hoje, precisam que se defina estratégias para hoje e para um futuro próximo”.
“O que esperar da nossa agricultura daqui a um ano, daqui a três anos, daqui a cinco anos. Onde queremos estar? Onde quer este governo levar a nossa agricultura?”, interrogou e, rematou: “Em bom rigor, é bem capaz de não estarmos em lado nenhum, porque à espera de resultados de estudos ou com medidas paliativas, mais outras tantas explorações correm o risco de fechar, outras vão se convertendo a outros setores, que não tarda estarão em sobreprodução, porque estratégias, essas ficam apenas pela intenção”.