Carlos César defendeu ser “preciso menos incompetência no Governo Regional” e “mais PS no futuro dos Açores”.
O Presidente Honorário do PS/Açores, que preside aos trabalhos do XVIII Congresso, que decorre este fim-de-semana na cidade da Horta, destacou que “o PS/Açores não se resume a fazer oposição”, uma vez que “apresenta propostas e alternativas”, mostrando “o que faria se fosse ainda Governo Regional e o que fará quando for proximamente Governo”.
Carlos César salientou que o PS é “um vasto espaço de pluralidade e de construção contínua” e frisou que “não é um partido de ocasião”, mas antes “a Esquerda empenhada na proteção da fronteira entre a liberdade económica e a igualdade de oportunidades, impedindo que uma prejudique a outra”.
“Somos a Esquerda protetora da democracia liberal, mas defensora do Estado que é necessário, que valoriza os regimes autonómicos e insulares, o fortalecimento do poder local e a participação das organizações não governamentais (ONG’s)”, frisou.
“O que nos distingue”, prosseguiu, é “que consideramos que nenhum processo conducente ao desenvolvimento económico, deve fazer enfraquecer a nossa luta contra as desigualdades e contra a eliminação da pobreza”.
A esse respeito, o Presidente Honorário do PS/Açores rejeitou as “narrativas da inevitabilidade das desigualdades e do conformismo com a pobreza”, considerando que “há muito a fazer nessa matéria nos Açores, para recuperar onde eventualmente tenhamos regredido e para avançar, como é sempre imperativo".
Carlos César recordou que o PS está “indissociavelmente ligado à edificação da Autonomia regional”, uma vez que sem o PS “não se teria ganho o acervo de competências que hoje temos no exercício da Autonomia” e “não teria sido possível constitucionalizar a Autonomia Regional, porque não teria havido Constituição da República, em 1976”.
O Presidente do PS sublinhou que sem este partido, “não teria sido possível avançar nas sucessivas revisões constitucionais que tiveram lugar, nem teria sido possível aprovar a 1ª lei de Finanças das Regiões Autónomas que fez superar a situação de bloqueio e de sufoco que a governação anterior do PSD nos deixou, em 1996”, alertando que “o único proprietário da Autonomia é o povo Açoriano”.
O Presidente Honorário do PS/Açores recordou que o PS “não distingue os cidadãos por lhe serem afetos ou adversos”, considerando que esta é “uma prioridade que temos de recuperar nos Açores”.
“O papel do PS ao longo deste último meio século tem sido de defesa e de empenhamento na nossa Autonomia. Sempre que houve uma luta a travar nos Açores, o PS foi parte ativa e determinante. A história e o contributo do PS/Açores não é apagável nem pode ser estropiada como alguns pretendem”, apontou o Presidente do PS, Carlos César.