O Presidente do PS/Açores afirmou, este sábado, o seu “compromisso com o futuro dos Açores e dos Açorianos”, assegurando que quer “travar o combate pelo futuro dos Açores”.
Vasco Cordeiro falava na apresentação da Moção de Orientação Estratégica “Um Combate pelo Futuro dos Açores! Sustentabilidade e Coesão”, aprovada por unanimidade no XVIII Congresso do PS/Açores, que decorre este fim-de-semana, na ilha do Faial.
Realçando que também na oposição o PS “serve os Açorianos”, o líder dos Socialistas Açorianos frisou que o PS/Açores quer ser Governo para “fazer melhor do que no passado e do que aquilo que está a ser feito”.
Vasco Cordeiro destacou que o combate do PS “não é contra os outros partidos” mas “a favor do futuro da nossa terra”.
“O PS tem confiança que os Açorianos saberão construir uma terra cada vez melhor, mas para isso é preciso que o Governo Regional saiba estar à sua altura e apresentar boas medidas”, sublinhou.
O líder dos socialistas Açorianos recordou que o PS/Açores “venceu as eleições Regionais de outubro de 2020, após liderar os destinos da Região durante 24 anos consecutivos”, tendo sido afastado do Governo por uma “coligação da direita com a extrema-direita”.
“Os resultados eleitorais de 2020 mostram que os Açorianos querem o PS a governar os Açores, mas um PS que seja capaz de mudar aqueles que caíram no conformismo”, destacou.
Vasco Cordeiro defendeu que esta reflexão “não se faça apenas a olhar para o passado, mas sobretudo com olhos postos no futuro”, para que o PS/Açores possa “corrigir aquilo que possa não ter corrido estado tão bem”.
“As últimas eleições Regionais mostraram que os Açorianos querem um PS com princípios fundamentais, como a liberdade individual, a ética republicana, a separação entre partido e GRA e a transparência, entre tantos outros valores”, sublinhou o Presidente do PS/Açores.
O Presidente do PS/Açores quer um partido “proativo, liderante, que vá à frente e antecipe desafios, construindo soluções para os Açorianos”, destacando o valor dos seus militantes, mas lembrando que o PS “não existe apenas para os militantes”.
“Os simpatizantes do PS constituem valor acrescido às propostas do PS, para ajudar a construir uma Região melhor”, lembrou Vasco Cordeiro.
Para Vasco Cordeiro, o trabalho do PS/Açores deve guiar-se pelo “sentido de sustentabilidade”, seja a nível ambiental, financeiro ou político, para que as gerações futuras “recebam uma Região melhor do que aquela que recebemos e que lhes permita aqui constituir as suas famílias”.
Referindo-se concretamente à gestão das finanças públicas, o Presidente do PS/Açores alertou que o Governo Regional está a “fazer um caminho perigoso, porque gere as finanças públicas como um instrumento para se perpetuar no poder, endividando a Região a um ritmo que é mais do dobro daquele verificado durante os Governos sustentados pelo PS”.
Vasco Cordeiro esclareceu que a sustentabilidade financeira é um “aspeto fundamental para o futuro da Autonomia” e reiterou que o PS “não é contra a descida de impostos”, frisando que, “se houve descida de impostos nos Açores, foi porque o PS negociou uma Lei de Finanças Regionais que o permite”, tendo sido os Governos do PS aqueles que “mais baixaram impostos na Região”.
O líder dos socialistas Açorianos criticou que o Governo tenha baixado os impostos “com base numa negociata para se manter no poder”, criando injustiças e “perigando as finanças públicas”, frisando que na ótica do PS/Açores, a “descida de impostos deve ser maior para quem tem menos”.
Vasco Cordeiro destacou que é preciso “analisar os desafios demográficos com minúcia”, uma vez que “mesmo dentro de cada ilha há parcelas de território, municípios e freguesias, com desafios demográficos muito evidentes”, merecedores de medidas concretas.
“Nestas parcelas de território devem ser criados serviços públicos de transportes e acessibilidades, tornando mais apelativo lá viver, criando e mantendo serviços na área da Educação, da Saúde, da Ação Social, do apoio à Infância ou aos Idosos. Devem também investir-se em acessibilidades digitais, criar oportunidades de emprego e de empreendedorismo”, apontou.
Vasco Cordeiro defendeu a “sustentabilidade política da nossa Autonomia, acusando o Governo da coligação de “olhar para os Açores como se fosse uma autarquia em ponto grande”.
O Presidente do PS/Açores recordou que muitas das conquistas no domínio da Coesão “existiam porque correspondia à visão do PS e porque o PS no Governo trabalhou para as concretizar”, lamentando que a Região esteja a “ficar para trás neste domínio”, porque este Governo extinguiu “apenas por preconceito contra o PS”, medidas essenciais como “o transporte marítimo de passageiros e viaturas ou o princípio do aeroporto único, do qual os encaminhamentos eram uma peça essencial”.
No âmbito da sua Moção de Orientação Global, Vasco Cordeiro defendeu a “criação de uma Agenda para a Valorização do Capital Humano”, para a qual devem confluir políticas como “a educação, a qualificação, a formação profissional, a cultura, o combate à pobreza e à exclusão social”.
O líder dos socialistas salientou que “o turismo é importante”, mas defende que “é possível ir mais além”, porque “queremos melhores empregos, mais bem remunerados”.
“Devem concretizar-se investimentos como a aposta no Spaceport em Santa Maria, investir no Terceira Tech Island na ilha Terceira, da Escola do Mar e do Polo MARTEC no Faial e assim sucessivamente, em todas as ilhas, porque o objetivo estratégico no longo prazo deve ser garantir melhores empregos, melhor remunerados e mais estáveis, para que os Açorianos construam o seu futuro aqui”, salientou Vasco Cordeiro.