O Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, manifestou, esta terça-feira, a sua preocupação face à degradação dos serviços de Saúde na Região, cujos impactos, no seguimento da enorme deterioração da situação financeira dos três Hospitais, “começam a ser sentidos na prestação de cuidados de saúde aos Açorianos”.
Segundo o líder socialista, e sendo esta uma realidade para a qual o Grupo Parlamentar do Partido Socialista tem vindo a alertar, “os resultados do setor da saúde continuam a ser um motivo de preocupação”, sobretudo quando colocam em causa “a qualidade dos serviços que são prestados às Açorianas e Açorianos que deles necessitam”.
“São cirurgias canceladas, são atrasos na marcação de consultas e de exames complementares de diagnóstico, são falhas na prestação do serviço, são, no fundo, um conjunto de situações às quais o Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM diz estar a resolver, mas que, na prática, parece não estar a entender os sinais evidentes desta degradação”, alertou o socialista, para manifestar a sua preocupação face aos resultados do primeiro semestre de 2023, recentemente conhecidos.
Baseando-se nos números referentes a junho de 2023, Vasco Cordeiro frisou que a dívida a fornecedores aumentou, “12 milhões de euros em apenas seis meses”, num aumento de “mais de dois milhões de euros por mês de dívida comercial, só nos hospitais”.
Mas, conforme acrescenta ainda o Presidente do PS/Açores, que é também líder do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia Regional, o resultado líquido do exercício, no agregado de junho de 2023, os três hospitais da Região obtiveram um resultado negativo de mais de 20 milhões de euros, “sendo que só o Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, duplicou o resultado negativo, passando de -6,7 milhões no primeiro semestre de 2022 para -13 milhões de euros no primeiro semestre de 2023”.
“Os problemas sentidos no setor, com esta débil situação financeira, começam a ser sentidos diariamente pela população”, reforçou Vasco Cordeiro, para lamentar que “desde o início do ano, em apenas seis meses, o Hospital do Divino Espírito Santo tenha “visto o seu património líquido passar de uma situação positiva de cerca de 3,7 milhões de euros, para um resultado negativo de -9 milhões”, encontrando-se, atualmente, numa situação de falência técnica.
“Se esta parte financeira preocupa, muito mais preocupa o impacto e os efeitos que ela provoca na qualidade da prestação de cuidados de saúde dos Açorianos”, assegurou o Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro.