A dirigente regional do PS/Açores, Marília Vargas, considerou hoje que a situação a que o Governo Regional do PSD, CDS e PPM conduziu os Açores no que respeita à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) é uma indignidade e uma vergonha que deveria motivar uma intervenção rápida e decidida e não o manto de silêncio incompreensível, vergonhoso e indigno com que se pretende cobrir uma realidade que existe e que exige outro tipo de ação.
“No fundo, os Açores estão a andar para trás pela omissão de um Governo Regional que faz com que, em termos práticos, a Região tenha regredido ao tempo em que a IVG era crime: quem tem posses pode realizar este procedimento num estabelecimento fora da Região, em condições técnicas e de segurança adequadas, quem não tem recursos para isso, ou envereda por soluções de recurso ou é obrigada a manter a manter a gravidez. Em qualquer dos casos, é um enorme retrocesso que acontece pela inação, se não mesmo, pela complacência do Governo Regional”, referiu a dirigente socialista.
“Como se já não bastassem as difíceis circunstâncias em si mesmas, o Governo Regional ainda acrescenta mais dificuldades, complicações e demoras num processo que é, em si mesmo, difícil e complexo. Seria muito mau se à legalmente prevista objeção de consciência de profissionais de saúde, o Governo Regional do PSD, do CDS e do PPM, consciente e propositadamente acrescentasse, ou permitisse que perdurassem no tempo sem qualquer solução, outro tipo de dificuldades que, na prática, significam que, nesta Região a IVG continua a ser um privilégio de alguns poucos e um drama para os restantes. O PS/Açores exige respostas rápidas e o fim do manto de silêncio vergonhoso, indigno e incompreensível do Governo Regional sobre este assunto”, concluiu Marília Vargas, membro do Secretariado Regional do PS/Açores.