Francisco César, Presidente do PS/Açores e deputado à Assembleia da República, lamentou que o PSD tenha “perdido a oportunidade” de falar ao país e dar explicações em matérias fundamentais como a Saúde, Educação e Habitação.
Para o socialista, que intervinha no âmbito da apresentação da declaração política do PSD sobre o 42º Congresso dos sociais-democratas, era aí que deveriam ter falado ao país, “em vez de se apresentarem na Assembleia da República para, numa segunda tentativa, falarem sobre o que não foi falado no fim de semana”.
“Estávamos à espera, que viessem falar de Saúde, de Educação, de Habitação. Nada disto melhorou, só piorou com as vossas medidas”, defendeu o vice-presidente do Grupo Parlamentar Socialista.
Numa declaração política em que o PSD elencou várias medidas, entre as quais a baixa de IRS, Francisco César questionou se os sociais-democratas se referiam “à primeira medida de mais de 1000 milhões do PS ou à segunda medida aprovada aqui no Parlamento, por proposta do Partido Socialista, e na qual o PSD votou contra”.
Durante a sua intervenção, Francisco César questionou, igualmente, se em relação aos pensionistas o PSD estaria a falar “do rendimento extra” ou da “próxima remuneração que, no próximo mês, será mais baixa”, lamentando, na ocasião, que em relação ao alojamento estudantil os sociais-democratas “inaugurem e anunciem coisas que o Partido Socialista tem vindo sucessivamente a anunciar”.
Reforçando que a apresentação desta declaração política não foi mais que uma tentativa de “disfarçar um Orçamento calamitoso”, sobre o qual nem os Presidentes dos Governos Regionais dos Açores e da Madeira “conseguem falar bem”, Francisco César lamentou que o que tenha realmente marcado o Congresso do PSD tenha sido a disciplina de Cidadania, questionando, a esse propósito, quanto à importância desta temática.