Os deputados do Partido Socialista à Assembleia da República viabilizaram, esta quinta-feira, o Orçamento do Estado para 2025, abstendo-se na votação final do documento na generalidade.
Para Francisco César e Sérgio Ávila, esta decisão teve em conta “os riscos, impasses, instabilidade e paralisação” que podiam resultar da não aprovação do documento, e cujos prejuízos seriam graves “para o país e certamente para os Açores”.
Reforçando que esta posição não dispensa “a discordância” dos deputados socialistas em relação ao Orçamento do Estado para 2025, nem tão pouco “a oposição às políticas previsíveis e em curso do governo de direita”, Francisco César reiterou a má qualidade da proposta orçamental no que toca aos interesses da Região Autónoma.
“Reiteramos que este é um mau Orçamento para os Açores, que retira compromissos políticos assumidos anteriormente e de prioridades inadiáveis”, afirmou o líder socialista, para salientar que pior seria “se nem o pouco que se encontra previsto pudesse encontrar razão, pelo Governo, para não ser executado”.
“Foi com base em todos esses considerandos que os deputados socialistas Açorianos não votaram contra, conforme podia ser admitido, a proposta de Orçamento de Estado apresentada pelo Governo”, defendeu o socialista, para assegurar que irão proceder do mesmo modo na votação final global, “sem prejuízo das decisões e votações que vierem a ocorrer na apreciação na especialidade, na qual serão apresentadas propostas de alteração" pelos deputados socialistas eleitos pelos Açores.