A deputada do Grupo Parlamentar do Partido Socialista/Açores, Inês Sá, manifestou hoje a sua profunda preocupação face à possibilidade de redução do número de ligações aéreas diretas entre Lisboa e o Faial, alertando para o impacto negativo que esta terá na economia local, no setor do turismo e na mobilidade dos faialenses.

Inês Sá deslocou-se esta manhã ao Aeroporto da Horta para expressar a sua preocupação e indignação com essa possibilidade, considerando esta decisão “um retrocesso inadmissível na acessibilidade da ilha e um sério entrave ao seu desenvolvimento económico”.

“Esta é mais uma afronta aos faialenses, com a cumplicidade do Governo Regional e da Câmara Municipal da Horta. Em vez de aumentarmos as ligações face ao crescimento do turismo e às elevadas taxas de ocupação dos voos, assistimos a um verdadeiro atentado à mobilidade e ao desenvolvimento da ilha”, afirmou.

Segundo a socialista, a decisão de reduzir as ligações para apenas nove voos semanais no período de verão é particularmente grave, tendo em conta que no passado, os próprios responsáveis ​​do PSD/Faial reivindicaram um mínimo de 14 ligações. “Hoje, corremos o risco de nem sequer termos 10 voos, quando sabemos que a procura continua a crescer”, frisou Inês Sá.

O PS/Açores alertou ainda para a necessidade de decisões atempadas e transparentes no que toca à gestão das ligações aéreas. “O turismo não se trata com três meses de antecedência. Precisamos de previsibilidade e estabilidade na oferta de voos, algo que, mais uma vez, nos está a ser negado”, sublinhou a deputada.

Inês Sá manifestou preocupação com os anúncios de reuniões e negociações de última hora, que poderão resultar apenas em soluções paliativas, como ocorreu no passado. “Esperamos que esta situação não seja uma encenação para anunciar um pequeno aumento de voos à última da hora, quando já se sabe há muito que as necessidades são maiores”, alertou.

O PS/Açores reafirma o seu compromisso com os faialenses, agora como no passado, e admite continuar a lutar para garantir que o Faial tenha um aumento de ligações aéreas, de forma a assegurar o desenvolvimento do turismo e a economia da ilha, bem como as respostas à população.

“Não aceitamos esta redução e exigimos que a Azores Airlines e o Governo Regional apresentem soluções que garantam a continuidade e o reforço das ligações aéreas diretas para o Faial, tal como foi assumido pelo Governo de José Manuel Bolieiro”, concluiu Inês Sá.

Horta, 17 de fevereiro de 2025