A Juventude Socialista dos Açores (JS/A) manifesta a sua estupefação perante o escândalo do atraso no pagamento do Prémio de Mérito ao Ingresso no Ensino Superior, um apoio fundamental para os jovens açorianos que, pela primeira vez, iniciam estudos universitários. Este prémio, no valor de 750 euros, destina-se a premiar o mérito, aquando do ingresso no ensino superior por jovens estudantes da Região Autónoma dos Açores.
Ora, considerando que os jovens açorianos, que se candidataram a este Prémio, já frequentam os estabelecimentos de ensino superior há, pelos menos, 5 meses, é lamentável que o Governo Regional demonstre ser mais uma vez insensível às necessidades dos estudantes açorianos.
O período de candidaturas a este prémio decorreu até 15 de dezembro, sendo que, de acordo com o Regulamento do Prémio de Mérito de Ingresso no Ensino Superior a avaliação das candidaturas deveria ter sido concluída até 31 de dezembro.
Tradicionalmente, o pagamento ocorre entre a terceira e a quarta semana de janeiro, mas, até à data, os estudantes continuam sem receber este apoio.
Este é mais um episódio lamentável que se soma aos recentes atrasos nos pagamentos das bolsas de estudo e nos apoios ao pagamento das propinas, revelando uma tendência preocupante por parte do Governo Regional de deixar os estudantes açorianos à espera de apoios que são seus por direito.
“De nada serve o Governo Regional propagandear muitos apoios aos jovens estudantes, se não há depois recursos para pagar aos jovens. Estes atrasos comprometem a estabilidade financeira das famílias e penalizam injustamente os nossos jovens, muitos deles a estudar longe de casa e a enfrentar elevados custos de vida", destaca Russell Sousa, líder da JS Açores.
A JS Açores exige, por isso, explicações claras e urgentes por parte do Governo Regional, liderado por José Manuel Bolieiro e apela a que o pagamento do Prémio de Mérito ao Ingresso no Ensino Superior seja efetuado imediatamente.
"Os estudantes açorianos merecem respeito e seriedade. Não podemos continuar a assistir a promessas que não se concretizam, enquanto os nossos jovens são deixados para segundo plano", reforça Russell Sousa.