Opinião

Educar para Vencer

Na próxima semana, arranca mais um ano lectivo nos Açores, uma fase do ano muito importante para muitas famílias açorianas. Estamos convencidos que este ano lectivo vai iniciar-se com toda a normalidade. Com 41.500 alunos e 3.745 professores, todas as escolas estão em condições de abrir na data prevista e dispõem dos professores necessários para cumprir os objectivos pedagógicos definidos. Este ano lectivo começa, também, com uma rede escolar reestruturada. O Governo Regional, e bem, viu-se obrigado a fechar várias escolas com poucos alunos e com condições de ensino deficitárias para garantir que estas crianças e adolescentes tenham acesso a melhores condições. Com esta reestruturação, o Governo Regional promove a melhoria das condições de aprendizagem das crianças, para que possam estar integradas em verdadeiras turmas e não em turmas que condicionam o seu sucesso escolar futuro. As dúvidas e apreensões dos encarregados de educação são, obviamente, legítimas. Afinal, em causa está o futuro dos seus filhos e com isso não se brinca! Legítimo já não é o aproveitamento político que alguns partidos fazem deste assunto, mesmo através de campanhas demagógicas e desinformadas. Alguns partidos tentam capitalizar dúvidas que possam surgir nos pais, não contribuindo, responsavelmente, para um esclarecimento verdadeiro do que está em causa. Com a transferência de escola, todos os alunos verão melhoradas as suas condições de aprendizagem, ao mesmo tempo que será assegurado o transporte em segurança e alimentação saudável. Posso garantir, ainda, que esta decisão do Governo Regional não assenta em critérios economicistas. Na maioria dos casos, sai mais caro ao Governo o encerramento de uma escola do que a manter aberta para uma dúzia de alunos. Além disso, as distâncias a percorrer para as novas escolas são, regra geral, de cerca de 6 quilómetros, com transporte seguro assegurado. Do PSD e CDS, que acham que está tudo mal na educação nos Açores, não vi uma única palavra de repúdio ou contestação à decisão do Governo da República em fechar, este ano, quase três centenas de escolas, com base em critérios similares aos adoptados nos Açores. Se criticam o Governo Regional por esta decisão, estão, obviamente, a criticar o Governo de Lisboa do PSD e CDS que tanto elogiam. Ninguém os entende. Na “espuma dos dias”, por vezes, todos nós, não nos apercebemos bem da tamanha responsabilidade que acarreta a educação. É, no final da linha, preparar uma geração inteira de novos açorianos para o futuro. Não há desígnio maior do que esse. Os Açores têm um excelente parque escolar, uma geração de crianças e jovens desperta a apreender conhecimentos como nunca, professores devidamente preparados, tecnologia cada vez mais acessível e um Governo Regional motivado e com rumo definido. Estão criadas as condições. Todos - desde os docentes e não docentes, sindicatos, encarregados de educação, políticos e governantes – temos a obrigação de trabalhar, hoje, para que esta geração seja, no futuro, o que merece.