O BE, este pseudo/partido, que ninguém sabe muito bem o que é, incluindo os próprios, apresentou um voto de protesto contra o encerramento de escolas. Para isso usou a forma de um voto de protesto quando sabe que o governo está impedido pelo regimento de intervir nos votos apresentados na assembleia. Ou seja, o BE acusa o governo de falta de diálogo, mas escolhe uma figura que impede o governo de intervir. O que isto significa é que o BE não quer explicações do governo, nem sequer o diálogo que reclama. O que o BE quer é acusar os outros sem lhes dar a possibilidade de defesa. É falar sozinho. E dizer o que pensa sem se incomodar com esta coisa do contraditório. Para um partido que enche a boca com as vantagens democráticas do diálogo parece-me um procedimento estranho. Mais dado ao monólogo. A reestruturação escolar da região correu sem sobressaltos, em concertação com as unidades orgânicas. As escolas que fecharam, exceptuando aquelas que passam a integrar novas unidades orgânicas, tinham todas um reduzido número de alunos, infra-estruturas físicas piores do que as escolas de recepção e eram, na maioria dos casos, escolas de lugar único, em que o mesmo professor é obrigado a leccionar a quatro anos de escolaridade dentro da mesma sala de aula. Com graves prejuízos pedagógicos para os alunos que as frequentam, e que se espelham nos resultados quando comparados com a média regional das PASE. A quase totalidade das escolas que encerrou fica a cerca de 2 km das escolas que receberam estes alunos. Todos os alunos das escolas encerradas desde que distando mais de um quilómetro da escola de recepção têm direito a transporte gratuito e refeição completa. É por isso fundamental que se perceba que se trata acima de tudo duma medida que atende a critérios pedagógicos essenciais para o futuro destas crianças.