Nas últimas semanas tivemos oportunidade de reunir com vários parceiros sociais que representam os mais importantes sectores das dinâmicas económicas e sociais da nossa Região, para debater as opções políticas que constam do Plano de Investimentos dos Açores para o ano de 2015.
Fizemo-lo cumprindo a tradição de concertação social que sempre pautou a acção do Partido Socialista nos Açores e que deve pautar a acção de qualquer agente do sistema político, sobretudo nos dias de hoje.
Só assim faz sentido. A maioria clara que os Açorianos deram ao PS nas últimas eleições regionais confere-nos uma grande base social de apoio na implementação do Programa de Governo. Mas é sobretudo uma enorme responsabilidade que nunca poderá servir de pretexto para evitar o diálogo, a convergência e a construção de compromissos sociais alargados.
A estabilidade política é muito importante, desde que alicerçada num pressuposto de diálogo social permanente com os vários parceiros e representantes dos sectores económicos e sociais da Região.
Ser parceiro social é algo que requer grande responsabilidade, quer na defesa dos interesses do sector que defendem, quer no papel activo que se exige nos contributos para mais e melhor desenvolvimento colectivo.
Desse ponto de vista, os parceiros sociais nos Açores mostram estar sintonizados com os problemas e principais preocupações da sociedade açoriana, bem como com as soluções para mitigar esses problemas, materializadas no Plano de Investimentos para 2015.
Com uma postura critica reivindicativa, mas sempre construtiva, os parceiros sociais demonstram disponibilidade para serem aliados do Governo dos Açores no combate à crise, na promoção do emprego, no aumento do rendimento disponível das famílias, no apoio as empresas, na aposta no sector primário e na manutenção do investimento público em áreas tão importantes como a Educação e a Saúde.
O mesmo se verifica no empenho em dar contributos sérios e exequíveis para a criação das condições para o início de um novo ciclo de desenvolvimento nos Açores.
Seria positivo que alguns partidos da oposição adoptassem a mesma postura e seguissem o exemplo destes parceiros. Os tempos exigem isso e não se coadunam com tácticas partidárias ou encenações mediáticas circunstanciais, que podem servir para satisfazer alguns egos ou para marcar uma agenda política imediatista, mas que acrescentam muito pouco ao futuro dos Açores.