2015 vai começar de forma muito negativa para os Açores. Afinal, o plano de redução norte-americano para as Lajes só foi congelado, efetivando-se já este ano.
Não abrangendo apenas as Lajes, a pretensão americana traduz-se aqui numa poupança, por adormecimento do uso das facilidades concedidas, sem a redução substancial de nenhuma delas, criando assim um desequilíbrio entre custos e benefícios suportados pelas partes amigas. Para mais, os americanos sempre beneficiaram, na sua presença na Terceira, de um acolhimento amigo e sempre pacífico.
Ainda: a redução laboral drástica num dos maiores empregadores da ilha, cria situações de crise porque precisamente uma parte significativa desse contingente laboral se predispôs a servir a força hóspede, de forma competente, e sempre relativamente barata.
Tal realidade exige, da parte portuguesa, o ponderar da renegociação do Acordo, para além das devidas compensações, constantes da sua letra e do seu espírito. A começar pela atenuação ainda possível da redução confirmada.
E sempre cumprindo os direitos de informação e participação dos açorianos, que é imperativo constitucional. E de utilidade certa, conforme já provou o Presidente do Governo.