1. O Governo dos Açores apresentou publicamente o Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira. Um programa criado para reduzir os impactos económicos e sociais da anunciada redução do contingente norte-americano na Base das Lajes.
Proteger os trabalhadores portugueses daquela base que perdem os seus postos de trabalho, desenvolver um conjunto de medidas de dinamização económica que amenizem os impactos desta redução, valorizar e criar novas formas de valorizar as infraestruturas existentes e garantir um processo de descontaminação e de limpeza ambiental dos danos causados pela presença militar norte-americana são as prioridades.
São 170 medidas, com um financiamento que deve ser assegurado, em primeira instância, pelo governo norte-americano.
Medidas que não são importantes apenas para a ilha Terceira, mas para toda a Região.
Este é um Plano justo e adequado. Durante largas décadas os norte-americanos beneficiaram de um posicionamento estratégico no Atlântico-Norte devido à sua presença nos Açores. Cabe-lhes, agora, contribuir para a amenização dos impactos económicos e sociais da redução drástica da sua presença, bem como da resolução dos danos ambientais que as suas infraestruturas causam à Ilha Terceira.
O Governo dos Açores fez a sua parte. Fez o Plano de Revitalização, assumiu responsabilidades da sua execução em várias áreas, estando pronto para avançar de imediato.
Agora, o Governo da República e o governo norte-americano têm, também, de assumir as suas, sem meias palavras, sem subterfúgios e sem conversas de circunstância que podem ficar bem diante das câmaras de televisão, mas que não resolvem nada.
O Plano apresentado é justo, adequado e os terceirenses e açorianos merecem esta atenção especial, tendo em conta tudo o que deram aos norte-americanos e ao enriquecimento da posição geoestratégica portuguesa nas últimas décadas.
Esta é uma matéria de grande relevância nacional. Não é um assunto que diga respeito apenas à Praia da Vitória e à ilha Terceira.
A revitalização económica da ilha Terceira terá consequências positivas em toda a Região.
2. O Governo apresentou a nova Marca Açores, um instrumento de promoção e de valorização da nossa imagem e dos nossos produtos.
São várias as opiniões referidas sobre a nova imagem. Uns gostam outros nem tanto, enfim, como diz a nossa gente, “gostos não se discutem” e a reação ao primeiro impacto visual ou ao chamado claim de uma nova marca ou de um logótipo será sempre diferente de pessoa para pessoa. O que é importante perceber é que esta nova Marca Açores vai muito para além dos novos logótipos. É um novo instrumento de certificação e de valorização do que se produz nos Açores.
O instrumento está criado. Não é um fim, mas sim um meio para a valorização dos nossos produtos num mercado cada vez mais aberto e global.
Trabalhemos todos para estar à altura do desafio e para garantir que “Açores” continuará a ser uma marca de grande qualidade, associada a princípios de sustentabilidade, cada vez mais valorizados.