No passado dia 5 de Fevereiro, o Deputado Duarte Freitas anunciou que apresentaria no Parlamento uma proposta para “baixar os impostos imediatamente”.
Aguardámos pela proposta.
Afinal, aquilo que seria uma proposta para reduzir impostos “imediatamente”, era uma mera recomendação ao Governo para que baixasse os impostos, sem referir como fazê-lo, de que forma, com que critérios e quais os investimentos ou medidas ficariam sem efeito para garantir esta redução.
É também importante relembrar o histórico deste processo.
O Presidente do Governo dos Açores já referiu publicamente, mais do que uma vez, que os impostos devem ser reduzidos nos Açores. Mas isso deve ser feito através de um amplo consenso entre todos os partidos políticos e parceiros sociais, garantindo sintonia sobre qual a melhor forma de fazê-lo, sem condicionar investimentos públicos relevantes ou medidas de apoio às famílias e empresas.
Tendo em conta isso, o Governo promoveu um conjunto de audiências e reuniões com os vários partidos e parceiros sociais para debater o tema. No final dessas reuniões, foi tornado público que algumas entidades enviariam propostas mais concretizadas e que até ao final do mês de Fevereiro, o Governo apresentaria uma proposta para materializar a redução de impostos nos Açores, tentando conciliar o máximo possível, as sugestões recolhidas.
É isso que acontecerá a curto prazo.
Apesar deste contexto e do entendimento institucional acertado entre Governo dos Açores, partidos políticos e parceiros sociais, o PSD Açores rasgou o consenso existente entre todos.
Com esta postura, o PSD Açores faz lembrar aqueles colegas que todos tínhamos na escola, que no futebol eram conhecidos por jogar à “gosma”, ou seja, não passavam do meio campo para trás, não defendiam, não trabalhavam em equipa e estavam sempre ao pé da baliza adversária à espera de encostar o pé para fazer golo.
Foi por isso, uma atitude enganadora, mais preocupada com o mediatismo do momento do que em apresentar uma proposta exequível que materialize uma solução.
Uma atitude lamentável que não se coaduna com a responsabilidade que o momento exige. Que não se coaduna com um partido político com pergaminhos inquestionáveis na história da Autonomia dos Açores. Que não se coaduna com o respeito que devem merecer as propostas de todos os parceiros sociais ouvidos neste processo.
Infelizmente, o PSD Açores tem-nos habituado a isto. Faz grandes aparatos mediáticos com alegadas “propostas muito bem construídas e muito pertinentes”, mas depois de verificadas percebe-se que afinal não é bem assim e que as “excelentes propostas” padecem de profundas inconsistências.
Temos a certeza que os Açorianos não se deixarão enganar e que estarão atentos aos próximos embustes deste PSD Açores.