Há expressões, atitudes e comportamentos que cada um aprende, ou não, na família. É bem verdade que a educação e o conhecimento constituem dois fatores cruciais que podem influir positivamente para melhorar a vida em sociedade, a própria economia e bem-estar. Como espaço de aprendizagem, de responsabilidade social e de autonomia, uma polis educadora faz toda a diferença, mesmo sem planos para 2027(!)… Num tempo em que o crescimento dificilmente atingirá idênticos níveis do passado, o binómio educação-conhecimento distinguirá as novas sociedades onde a igualdade e a liberdade constituam focos centrais.
Na esfera política, muitos são os equívocos dos impreparados pela ausência das “bases” antes referidas. Não se trata de instrução mas, de educação e conhecimento na sua autenticidade e amplo sentido. É por isso que, os “doutos da opinião” tanto criticam a falta de horizontes profissionais em alguns políticos como se colocam contra a entrada de profissionais reputados no mundo da política. Melhor seria debater o que cada um vale pelos valores, atitudes, formação e habilidades demonstradas. Não é deste modo que se “desenvolvem” os meandros político-partidários. Por vezes, quando alguns líderes partidários sacrificam o coletivo a interesses de circunstância ou de horizonte curto, suscitam fraturas internas insanáveis e vitórias de Pirro. O caso recente da (im)posição vinda da república, para a dispensa do deputado Mota Amaral, é tão somente mais uma fragilidade da liderança regional, ao contrário da firmeza que alguns se iludem em lhe associar. Curiosamente, a mesma liderança que “inchou” com o voto contra na Assembleia da República… Como socialista, até poderíamos estar na velha posição de “quanto pior estiverem os adversários melhor estaremos”. Porém, na vida como na política acreditar no “não vale tudo” é um sinal de educação, conhecimento e melhoria da convivialidade. Sem confundir seriedade com ingenuidade ou de crenças vãs em gratidão política, há sempre outras e melhores maneiras de tratar as pessoas. Até porque, das poucas sentenças que ainda perduram, uma será o velho conselho: “ em política só há uma certeza, um dia perde-se”, isto é, não vale tudo.
PS: Mais -- a retoma do emprego na Região e a sua recuperação sustentável… Os arautos da desgraça voltam a ficar sem argumentos para denegrir o socialismo açoriano. Não vale tudo. Boas Festas!