Opinião

A lista fatal

Enquanto prossegue a fratura insanável no PSD/Açores, o líder transitório deambula sonambulamente nos Açores, à procura da insatisfaçãozinha para poder marcar o ponto. Fugiu o desemprego há que trabalhar para apresentar propostas, e, esse foi sempre o seu calcanhar de Aquiles. Berta esforça-se por trazer governantes da república, nesta vigésima quinta hora, tentando mostrar a sua utilidade e, sobretudo, procurando que os açorianos esqueçam as afrontas de Coelho às autonomias nos últimos três anos. As mesmas que a levaram a renegar Passos em 2012… Agora, azedam a lista fatal com um antigo “sub”, dispensado por Madruga da Costa… Na ânsia de se mostrar (o excesso de vaidade ensombra a razão), eis que, o dito candidato, da lista fatal, inventou uma suposta incompatibilidade/incomodidade, torpedeando funções inexistentes de ex-membros do governo regional socialista. O tiro saiu-lhe pela culatra ou melhor fez ricochete na grande maioria dos restantes partidos da oposição, concitando a sua desaprovação, o que revelou no fatal candidato laranja, má-fé política e uma atitude de total inabilidade e impulsividade, parceiras da cegueira e do fel que “amarelece” o corpo e o espírito. Desorientados com uma orientação de Mota Amaral que já no início da década de 90 dava conta da precária situação financeira de várias empresas públicas, em especial a SATA. Curiosamente, esta semana parece fuga para a frente a requentada nomeação da ex-deputada do PSD, divulgada pelo pressuroso OC público, afigurando-se uma manobra infantilizante para desvio da borrada no caso SATA, pese embora todos os “votos pios” expressos. A este propósito, nos OCS públicos os chamados critérios editoriais estão pelas ruas da amargura, designadamente, quando só ouvem algumas das partes que são envolvidas nas virtuais polémicas. Para quem aspira a ter presença condigna no espaço nacional urge rever muita coisa na ainda nossa televisão. Neste péssimo quadro, o desastre (em grego a “má estrela”) da lista fatal anuncia-se a “passo largo”, não porque é irresistível… mas, porque configura antes uma falsa renovação onde se mistura atabalhoadamente o vazio com a derrota, a ausência de perfil com descredibilidade da circunstância e a subserviência com os voos baixinhos. São muitas “fatalidades” autoinduzidas que demonstram bem o mau estado do ainda maior partido da oposição.