É conhecida a tendência do líder do PSD-Açores de se chegar à frente para tentar agarrar os louros de uma qualquer iniciativa que seja boa para a Região.
Quando se falava na problemática da Base das Lajes e se adivinhava o pior, Duarte Freitas correu para fazer uma espécie de diplomacia paralela e anunciou que tinha feitos diversas reuniões, com toda a certeza muito proveitosas, com uma série de gente importante dos Estados Unidos, onde se incluía um falecido congressista.
Mais tarde também tentou atribuir a si e ao seu partido a iniciativa da descida de impostos na Região, porque, segundo o próprio, descobriu que havia essa possibilidade.
Passou-se o mesmo com o novo modelo de transporte aéreo de e para os Açores, apesar do próprio primeiro-ministro o ter desmentido em declarações prestadas aos jornalistas numa recente visita à Região.
Afirmou que em setembro íamos ter um reforço de agentes da PSP nas nossas esquadras, informação já conhecida desde novembro de 2014 pela boca do Secretário de Estado da Administração Interna, em declarações após uma reunião com o Presidente do Governo dos Açores.
Esta necessidade de se afirmar tem-lhe custado caro, mas parece que ainda não aprendeu. Mais recentemente quis anunciar, repentinamente, para ser o primeiro, que os voos low cost iriam começar a aterrar na Terceira já em setembro, apesar de ser do seu conhecimento que essa matéria era, ainda, alvo de negociações.
Foi novamente desmentido, desta vez pelos proprietários das empresas que acusaram o governo de Passos Coelho de não querer que tal acontecesse.
Depois de estar desaparecido durante vinte quatro horas, lá surgiu numa inarrável conferência de imprensa culpando forças ocultas de boicotarem as suas pretensões, quando ainda recentemente dava a entender que resolvia tudo com um simples telefonema ao seu chefe Passos Coelho.
Ficamos a saber que afinal Duarte Freitas não risca nada.