Decorre a campanha para as Presidenciais, a ter lugar já este mês.
É duvidoso que a maratona de debates facilite a pedagogia e a atenção que a mesma eleição deveria merecer. O quase alheamento oficial dos dois maiores partidos também não.
Porém, o sistema de governo é semipresidencial, apesar de mitigado em 1982, aquando da primeira revisão da CRP. Ainda assim, são decisivos os poderes do PR, como aliás decorre da sua inquestionável legitimidade democrática direta.
Também e ainda, o desastroso desempenho de Cavaco não favorece uma grande motivação, tal é o sentimento de alívio com a garantia da sua saída, e pior não virá com certeza…
Ao colo das televisões, o tele-evangelista Marcelo faz crer que a sua eleição está adquirida, rumo a um desempenho glico-doce de estabilidade amiga do Governo. O Professor de Cascais vinga-se assim de Cavaco, que sempre reclamou outra unção: a do mago das finanças e do bom saloio…
Porém Marcelo, afilhado de Marcelo, tem um turbo-lento passado.
Como incisivamente lembrou o candidato Sampaio da Nóvoa, ao assumir o seu. E, obrigado a sair de debaixo das saias das damas de companhia que apenas adornam o Mestre, Marcelo perdeu a candura… e o debate.