O desenvolvimento sustentável dos Açores, integrando todas as nove ilhas do nosso arquipélago, continua a ser um empreendimento de enorme complexidade e exigência. É um imperativo da nossa Autonomia que está a ser desenvolvido de forma assinalável. Foi sobretudo após a adesão à CEE, em 1986, que os Açores iniciaram um processo de desenvolvimento que os governos do PSD caracterizaram como tripolar, assente nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial. Só uma década depois, já com os governos regionais do PS, é que se deu um grande salto qualitativo no desenvolvimento integrado dos Açores. O PS implementou a Coesão Regional multipolar. Todas as ilhas passaram a ser objeto de grandes investimentos públicos. O PS concretizou a coesão regional assente em três domínios. A coesão territorial, através de infraestruturas portuárias, aeroportuárias, rodoviárias e transportes. A coesão social, assente na modernização e expansão da rede escolar, na grande melhoria nos serviços de saúde, e na construção de uma vasta rede de equipamentos e valências sociais. Porém, a terceira dimensão da Coesão, a económica, sempre foi a mais difícil de concretizar. A exiguidade dos mercados de ilha, a dispersão geográfica e as dificuldades de gerar sinergias limitam a capacidade da iniciativa privada diversificar e fazer crescer a economia. Mesmo com discriminações de investimento público e de natureza fiscal só o setor do Turismo revelava condições de diversificação da economia e de geração de empregos. Só com muitos anos de trabalho persistente de promoção externa da Região, de reforço da notoriedade do destino Açores e de qualificação da oferta turística regional, é que foi possível vencer a crise e criar as condições para o ressurgimento em força do Turismo. As companhias low-cost são apenas uma das componentes do sucesso atual. O Turismo está a assumir-se como o vetor que faltava para concretizar a coesão económica dos Açores. É essencial continuar no trilho do sucesso turístico mas sem nunca esquecer que os Açores são nove ilhas e que as companhias low-cost, mesmo voando só para um aeroporto, beneficiam o Turismo de toda a Região.