Opinião

Equilíbrio e bom-senso

Pode parecer repetitivo mas há repetições que são boas. Falamos da redução da taxa de desemprego que registou, nos Açores, uma nova descida, situando-se presentemente nos 11 por cento, a taxa mais baixa dos últimos cinco anos. Estes números são sinal de um esforço notável por parte do Governo Regional em reverter uma constatação negativa à escala global e à qual não fomos alheios. Refletem um trabalho incansável com vista a resultados duradouros. Segundo os dados do Inquérito ao Emprego divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), regista-se que a taxa de desemprego é, neste momento, 31 por cento mais baixa do que no inicio do mandato do atual Governo Regional, numa representação fáctica de mais 7751 Açorianos empregados e menos 5713 Açorianos desempregados nesse espaço temporal. Temos 105 624 açorianos empregados em 2016, mais 5 760 do que o número verificado em 2012. À análise fria e puramente estatística dos dados não pode estar alheia, de modo algum, a consideração de que aqui estão em causa pessoas, famílias. Que se trata do fomento do desenvolvimento das nossas empresas. Que esta tem sido uma estratégia sólida e equilibrada desenvolvida pelo Governo Regional desde a apresentação da Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial. Que em quatro anos foram criadas 754 novas empresas, por esse meio sendo criados mais de 1100 postos de trabalho. Com tantos factos claramente indicativos de uma evolução positiva, há reconhecimento a fazer. Há que admitir que se tem trabalhado incessantemente para melhorar as condições de vida dos Açorianos, nas mais diferentes vertentes, mas em particular no combate ao desemprego e na criação de emprego condigno e estável. Podemos admitir que nem tudo foi bem feito, que ocasiões existiram em que se desejaria que os resultados fossem melhores. Mas o trabalho, no seu caminho para uma excelência tão desejada, também é feito de aperfeiçoamentos. É injustíssimo afirmar-se, como alguns, que nada foi feito ou que tudo o que foi feito, foi mal feito. Há que ter o equilíbrio e o bom senso de se admitir que, apesar de nem tudo ter corrido da forma que se desejaria, houve o reconhecimento, por parte do Governo Regional, dessas imperfeições e que o trabalho de reformular e melhorar o que assim necessitava foi ininterrupto. Aproximam-se as próximas eleições legislativas regionais. É época de balanços, de análises. De prestar contas aos Açorianos. E há muito trabalho feito que é imperativo reconhecer. Um trabalho, nas diversas frentes, com um objetivo comum a todas elas: melhorar as condições de vida dos Açorianos. Criar emprego, criar respostas sociais. Desenvolver e fortalecer a Educação, melhorar a prestação dos cuidados de saúde aos Açorianos. Tanto, mas tanto trabalho feito em quatro anos, numa continuação do que já anteriores governos do Partido Socialista haviam feito. A redução da taxa de desemprego é apenas mais um dos excelentes indicadores que temos da atuação deste Governo do Partido Socialista. É tempo de ponderação do muito que foi feito. Do muito que há para fazer e de quem é merecedor da confiança dos Açorianos para o levar a bom porto. Como sempre, todos os dias, mãos-à-obra.