Opinião

Ruído?

A política malsã de Trump acelerou a “liquidez das notícias” do nosso tempo. Grassa a voragem do desconhecimento instalado na mediocridade dos poderes. Todos julgam ser especialistas de tudo perante o fácil acesso à informação. Daqui aos populismos tem sido um ápice. Apostam no ruído (lat.rugitus=rugido) ou rumor que perturba a comunicação e estorva a compreensão da mensagem. Neste vaivém estonteante, os governos precisam de grande lucidez e visão para identificarem “o frade ruim que dá má nota do convento”. Coragem sem bravatas para “separar, cortar, resolver, pôr termo”, isto é, decidir. Repor o tripé da confiança: ação, solidariedade e proximidade. Perseguir as decisões políticas, ou seja, “seguir sem cessar, seguir até atingir” os anúncios/medidas que carecem de monitorização diária. Só assim, haverá mudança efetiva e retoma da confiança coletiva. Em tempo pré-eleitoral, agosto não rima com torpor. Governar é estar atento, ser firme e paciente face às (in)consequências do ruído da oposição que se acantona no decibel mediático.