Há relativamente pouco tempo, ficamos a conhecer os resultados de mais um inquérito sobre os comportamentos aditivos e dependências. Este documento, em particular, foi aplicado aos jovens açorianos de dezoito anos que participaram no Dia da Defesa Nacional, no ano transato. O álcool, o tabaco e os tranquilizantes/sedativos não prescritos apresentaram uma trajetória decrescente quanto às substâncias aditivas consumidas pelos jovens, o que por si só é positivo, mas os resultados não ficaram por aqui. A prevalência do consumo de substâncias ilícitas também diminuiu, existindo uma parte significativa dos jovens que as experimentam, mas que as deixam de consumir.
Embora os sinais destes indicadores sejam satisfatórios, não devemos de todo baixar os braços, mas antes erguê-los no sentido da continuação do bom trabalho desenvolvido até aqui pelo Governo Regional e pelas várias instituições dos Açores, que se dedicam a estas problemáticas. Esta é uma batalha que não se ganha de um dia para o outro, mas, sim, uma batalha constante para a qual é necessário o esforço de todos nós e na qual todos temos de atuar e contribuir.
A meu ver, a proteção e a prevenção primária têm uma elevada importância como forma de responder a esta problemática, na estratégia de educar e capacitar os nossos jovens para a adoção de estilos de vida ativos, saudáveis e, até, sustentáveis, estimulando, desta forma, o contacto com o próximo e com a própria natureza.
E, dentro deste quadro, destaco a promoção da prática de atividade física e desportiva como um veículo incentivador para os jovens integrarem, nos seus hábitos de vida diários, boas práticas de saúde, não apenas física como mental, enquanto instrumentos essenciais para uma melhor saúde, maior desenvolvimento pessoal e social e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.
Sendo os comportamentos aditivos e dependências uma questão de grande amplitude, torna-se importante olhar cada vez mais para o seu combate como um projeto partilhado por todos – sem exceção – tendo em conta que, para conseguirmos ultrapassar os desafios coletivos que nos são impostos pelos tempos em que vivemos, esta deve ser uma tarefa igualmente de natureza coletiva para o desenvolvimento futuro da sociedade açoriana.