Na passada semana, através de uma conferência de imprensa, foi anunciado, pelo Presidente do Governo dos Açores, o resultado das negociações com o Governo da República relativamente aos fundos comunitários para o período de 2021 a 2027. O denominado “envelope financeiro” a remeter aos Açores ascenderá a 3.257 milhões de euros. Este montante, referido desta forma, pouco ou nada diz à grande maioria dos Açorianos e Açorianas. Mas, como bem explicou o Presidente Vasco Cordeiro, trata-se de um montante histórico para os Açores. A Região, no próximo quadro comunitário de apoio, irá receber praticamente o dobro (!!) do montante previsto para o quadro vigente (2014-2020). Em concreto, segundo transmitido por Vasco Cordeiro, “os Açores garantiram, mais precisamente, um aumento de 92% dos fundos comunitários neste âmbito, o que corresponde a mais 1.145 milhões de euros do que no Quadro Comunitário de Apoio anterior”. Este aumento é, a todos os títulos, notável e, por isso, motivo de regozijo para todos os que querem o bem dos Açores. É, sem quaisquer dúvidas, uma estrondosa vitória dos Açores, a qual significa, conforme referido pelo Presidente do Governo, que os Açores “estão agora mais e melhor preparados para vencer os desafios que se colocam ao nosso desenvolvimento, à recuperação social e económica dos efeitos da pandemia” e deixou a garantia de tudo continuar a fazer “para sermos uma Região mais resiliente e mais capaz de enfrentar com sucesso o futuro”. Atenta a enorme vitória dos Açores, importa reiterar que esta duplicação de verbas é fruto de um trabalho árduo de negociação entre o Governo dos Açores e o Governo da República, o qual não só demonstrou uma postura de grande cooperação, como também deixou bem vincada a sua visão quanto à imperiosa necessidade de implementar a coesão nacional. Esta duplicação só é possível face aos assinaláveis níveis de execução dos fundos comunitários nos Açores. Esta duplicação é um sinal inequívoco de confiança no Governo dos Açores pela gestão irrepreensível dos fundos comunitários. Esta duplicação é um reconhecimento e um certificado de excelência ao trabalho desenvolvido pelo Vice-Presidente Sérgio Ávila. Esta duplicação é um prémio pelo desenvolvimento regional (de Santa Maria ao Corvo) que tais fundos têm permitido. Esta duplicação é, também, uma enorme responsabilização: ao Governo dos Açores e a todos os eventuais beneficiários dos fundos comunitários. O futuro dos Açores passará em grande medida – enquanto vigorar o próximo quadro – por aqui, ou seja, pelo aproveitamento, preferencialmente a rondar os 100%, dos muitos milhões que estarão à disposição. Ao Governo dos Açores, que sairá das próximas eleições, caberá, em coligação com os parceiros sociais e partidos políticos, a definição das áreas e opções concretas de investimento. É, também, “isto” que estará a ser decidido no próximo dia 25 de outubro. E “isto” é, nada mais, nada menos, que o futuro dos Açores. O futuro terá de passar por aqueles que já deram incontáveis provas na defesa intransigente do Povo Açoriano. Por isso, os Açores precisam do seu voto!