As eleições reiteraram, com meridiana clareza, o valor da estabilidade. Os Açores precisam que o PS forme governo com a participação de forças políticas, responsáveis por uma solução promotora do futuro do Povo Açoriano. A euforia exagerada e “salivante” do PSD, na noite eleitoral, mostrou falsas humildades e virtudes…Afinal o PS foi o partido mais votado, com mais deputados, freguesias, concelhos e ilhas dos Açores. Como bem lembrou Carlos César, até Berta Cabral teve mais votos, para não falar em Álvaro Dâmaso. O PS alcançou a sua 7ª vitória. Apesar do tempo erodir os projetos políticos, também agasta e desgasta quem perde. O PS é referencial de diálogo e consensos. Aprovou, por exemplo, 94% de iniciativas parlamentares com outros partidos nos últimos quatro anos e tem a maior experiência governativa (1996/2000) de maioria relativa. Agora, o consenso parlamentar faz-se mais facilmente com forças partidárias desprovidas de “radicalismos e aventureirismos”. Juntar a dita direita redundaria em instabilidade, ab initio, com o PSD e o Chega a canibalizarem a verdadeira direita. Juntando a participação de parceiros responsáveis, os Açores devem ter um Governo PS, política e tecnicamente preparado para ganhar os grandes desafios dos próximos anos. 2- Antes da pandemia vários indicadores económicos atingiam patamares excelentes. Confiamos que em 2021 retomaremos a normalidade na saúde e na economia, com apoio dos novos financiamentos europeus. Relevam nos próximos quatro anos a recapitalização do sistema empresarial dos Açores, o relançamento económico da Agricultura, das Pescas e aposta continuada no Turismo. Por isso, é indispensável criarmos um quadro de estabilidade política e financeira, possível com um Governo PS, viabilizado por forças políticas responsáveis, avessas à ingovernabilidade de soluções tipo “saco de gatos” ...A bem dos Açores!