Opinião

Pragas

A Pandemia atinge, um pouco por todo o Mundo, um dos seus momentos mais graves. Em infetados, internamentos, também em cuidados intensivos, e mortes. Levando a novas restrições, a paragens e confinamentos.

No Continente, entrou-se sexta-feira num novo confinamento geral, ligeiramente diferente dos anteriores, sobretudo ao nível da abertura das escolas e das aulas presenciais. Isto porque se tomou a decisão política de não prejudicar os mais novos, em termos de igualdade de oportunidades e de futuro, já que está provado que os efeitos, ao nível dos menos abonados em capital cultural, é dramático. No entanto, veremos o evoluir da situação.

É claro que as consequências económico-sociais serão muito graves, mas há que optar, no meio duma situação trágica, em que todos somos responsáveis. É que os decisores não têm histórico comparativo, muito falta ainda saber e as situações dilemáticas são verdadeiramente agudas.

O decreto do último estado de emergência não resistiu a repetir os conceitos de Estado Unitário e continuidade territorial. Trata-se de uma proclamação preconceituosa e desnecessária, que felizmente o PS-Açores voltou a criticar, como aliás faz desde o primeiro decreto do estado de emergência.

Por cá, a situação também é grave, sobretudo na Ilha de São Miguel. É preciso flexibilidade e rapidez de atuação, comunicação, transparência e diálogo. Porque não é mera asserção vazia o ditame constitucional que a emergência, mesmo constitucional, não suspende a democracia nem o funcionamento dos órgãos de Governo Próprio...

Aqueles que sempre o defenderam, designadamente ao nível do funcionamento do nosso Parlamento, não podem agora mudar de opinião, porque algumas posições relativas mudaram!

Porque a pergunta não ofende, o debate não é dramático, a verdade não é unívoca e a Democracia exige-se!